terça-feira, 2 de março de 2010

Como assim?

Um dos secretários e colaborador mais próximo a prefeita, Suledil Bernardino, deu uma declaração estarrecedora, com um alto viés de irreponsabilidade, em tom de ameaça. A julgar pela sua proximidade com a prefeita, tudo nos leva a crer que ele fale por ela, o que torna a situaçao mais grave.

O fato se deu na Rádio Educativa FM, faz poucos minutos.

Conclamou o Suledil Bin Laden Bernardino, caso se esgotem todas as possibilidades de negociação, a um ato desesperado.

Impedir o embarque dos petroleiros como forma de pressionar o governo, através dos enormes prejuízos causados a Petrobrás. Quer com o bloqueio no heliporto, quer com o fechamento da BR101, onde circulam os ônibus de transporte desses trabalhadores até Macaé, outra base de embarque.

Por detrás desse ato terrorista, que inclusive conta com o apoio de um jornal local, citado pelo professor-taleban, a manutenção dos rios de dinheiro nas mãos da dinastia a qual defende, que perdura desde 1988, e que não resolveu nenhum dos nossos problemas até hoje.

Vale lembrar ao professor-fundamentalista que a Petrobrás é uma das empresas envolvidas na extração de petróleo, e não a única, e ainda assim, essas empresas, aí incluída a nossa estatal, em nada influenciam a partilha dos recursos dos royalties, muito ao contrário: elas somente pagam os valores determinados por Lei, aprovada e discutida no Congresso.

O desespero no tom do professor-taleban não se resume a possibilidade de perda dos recursos que eles desperdiçaram por 20 anos.

É, antes de tudo, o completo e absoluto medo do fiasco da mobilização, na qual a prefeita apostou suas fichas para tirar sua pífia administração das cordas.

Pessoas com cargos públicos(alô, alô, Ministério Público e Autoridades)deveriam ser responsabilizadas ao utilizar um veículo de comunicação(Rádio) cuja concessão é pública, e pior, hospedado em uma Instituição de Ensino Superior(Fafic), ao incitar atos que possam resultar em enormes prejuízos a quarta maior empresa de petróleo do mundo, aos seus acionistas, aos trabalhadores, aos cofres públicos e, enfim, a toda a sociedade.

Isso, sem mencionar na chance de que esses atos de força se transformem em violência incontrolável.

Eu pergunto a você, caro leitor: Você iria até o heliporto impedir um trabalhador de embarcar para seu serviço, com o risco de apanhar da polícia?

É sério o atoleiro institucional no qual estamos enfiados. Quando autoridades constituídas conclamam a atos ilegais, resta muito pouca esperança de que esses valores(dinheiro), pelos quais lutam, serão utilizados como se deve.

Nenhum comentário: