sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lula "papo reto"



O Presidente Lula comentou hoje o mais recente surto golpista da direita: “Acho que o Serra precisa saber uma coisa. Uma eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente. Não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária. Isso já aconteceu em outros tempos de ditadura militar. Em tempos de democracia, o ‘seu’ Serra que vá para a rua, que melhore a qualidade do seu programa, que faça propostas de coisas que ele quer fazer pelo nosso país, que apresente soluções para o crescimento industrial.”


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Serra promove escandalização da campanha eleitoral e foge do debate sobre o Brasil!


A moderna literatura sobre campanhas eleitorais identifica fundamentalmente duas estratégias utilizadas por partidos e candidatos ao longo do processo eleitoral. Uma primeira é a que centra a discussão em torno de políticas.

Quais as que foram bem-sucedidas, quais ainda precisam de aperfeiçoamentos, e quais devem ser definitivamente abandonadas? Essas são as perguntas centrais dessa linha de ação.

Uma segunda é chamada de temas de valência e gira ao redor de características pessoais, consideradas boas ou ruins das diferentes candidaturas. Honestidade, competência, experiência, carisma são os termos que imediatamente vêm à mente.

O recente aumento do tom adotado pelo candidato José Serra consiste, na verdade, em mudança de estratégia ou ênfase em torno de possíveis estratégias a serem utilizadas em uma campanha.

Desde que confirmou sua disposição de competir, Serra procurou mostrar que no terreno das políticas (estratégia um acima) muita coisa ainda está por fazer para que os brasileiros tenham motivos reais para comemorar.

Experimentou-se caminho que, contudo, não revelou ser suficiente para conter o avanço da candidatura governista de Dilma Rousseff. A psicologia do eleitor prejudica a oposição neste quesito.

O governo é bem avaliado, suas políticas são bem avaliadas: o termo de comparação utilizado pelo votante comum é a sua vida, antes e depois do que ocorreu ao longo dos dois mandatos de Lula, sobretudo do último, período durante o qual Dilma Rousseff esteve à frente dos principais projetos do governo.

Se a discussão permanece no terreno de políticas, é bem provável que os pontos de ataque da oposição não decantem a tempo de reverter o favoritismo do governo. Seria uma questão de projeção para o futuro. Plantar o tema agora para colher mais na frente.

Este parece ser o caso dos impostos -o que fazer para melhorar a estrutura da arrecadação, alterar o seu perfil de maneira a torná-la mais justa e mais propensa ao desenvolvimento e à iniciativa individual?

Mas Serra tem pressa. A estratégia dois passa a ser o foco: adentramos o despolitizante terreno da "valência". Dossiês, boatos, escândalos, manipulação de informações substituem o saudável e fundamental debate em torno do projeto de nação. Debate que, em momentos eleitorais, envolve um conjunto maior de atores, e não apenas aqueles que vivem o dia a dia da política.

Oxalá as pesquisas indiquem que este caminho é ainda pior do que o primeiro. Discutir política é sempre melhor do que especular sobre autoria de "dossiê" (sic).

FABIANO SANTOS é cientista político, professor e pesquisador do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro).

Adeus Serra:TSE arquiva pedido de cassação de registro de Dilma


Golpe anunciado





Então, Fábio. O Altamiro Borges avalia muito bem a questão da quebra de sigilo:


O golpismo da aliança Serra/Mídia tem, basicamente, dois objetivos. O primeiro é aterrorizar os eleitores, principalmente da classe média, empurrando a eleição para o segundo turno. Até agora, porém, a manobra não surtiu efeito. O tracking da IG-Band-Vox, que acompanha diariamente a reação dos eleitores aos chamados “fatos novos”, mostrou ontem que Dilma ampliou a vantagem (51% a 25%), sinalizando que o estardalhaço da mídia demotucana sobre a quebra do sigilo não pegou. O segundo objetivo, tramado pelos setores mais fascistóides da coligação de Serra, é implodir a eleição. Já que não dá para ganhar nas urnas, tentam envolver o STF na trama golpista, cassando a candidatura de Dilma Rousseff. É improvável que o tribunal cometa esta loucura, que colocaria o país em polvorosa. Mesmo assim, é bom ficar em estado de alerta. Nada como uma intensa mobilização, nas ruas e na luta de idéias, para barrar qualquer maluquice golpista. Para finalizar, vale refletir sobre os ensinamentos deste episódio. Em primeiro lugar, fica patente que a direita não suporta a democracia. Ela só serve quando é funcional para seus interesses – foi assim no golpe de 1964, é assim hoje. Nesse sentido, a tentativa de cassar a candidatura de Dilma Rousseff desmascara os tucanos, que ainda enganam muita gente com a sua falsa retórica sobre a democracia. Os tucanos representam a nova direita brasileira; são os neo-udenistas. Além disso, o caso escancara o verdadeiro papel da mídia hegemônica. Ela sempre foi golpista e sempre será. No caso das emissoras de TV e rádio, elas usam um bem público, uma concessão, para atentar abertamente contra a democracia. Seus colunistas abusam da propriedade cruzada, destilando veneno em programas de rádio, televisão, em jornais, revistas e internet. Seria muito útil que a eleição de 2010 servisse para mostrar a urgência do novo marco regulatório no setor, que enfrente a concentração e estimule a diversidade e a pluralidade informativas.

Tomara chegue logo 03 de outubro!!! Até lá, vamos ler e ouvir muitas dessas armações.

Faltou?

Matéria na edição de hoje de O Diário destaca o grande comício de ontem do candidato do PR ao governo do Estado Fernando Peregrino, comandado pelo Presidente regional da legenda e candidato à Câmara Federal Anthony Garotinho. O texto menciona a presença do Prefeito em exercício Nelson Nahim e de vários candidatos da coligação PR-PTdoB ao pleito proporcional. Não há registro contudo sobre a presença do provável campeão de votos do PTdoB por aqui, o vereador Marcos Bacellar. Será que faltou à festa de seu partido com Garotinho?

Jaboticaba?

Diz um bem humorado adágio popular, muito usado por economistas que qualquer coisa que só exista no Brasil, à exceção da jaboticaba é bobagem!
Pois em não sendo a frutinha nativa, só pode ser como bobagem classificada a tentativa deseperada de tucanos em pedir a inelegibilidade de Dilma com base em uma fraude produzida por ação de um contador que admite ter encaminhado documento falso à Receita para acessar dados fiscais sigilosos da filha de José Serra.
Ora, se crime houve que se responsabilizem os responsáveis pelo ato há quase um ano, quando o quadro eleitoral da sucessão ainda não estava definido! Envolver a candidata no episódio de forma extemporânea e leviana é algo tão absurdo que jamais deveria estampar a manchete de um dos principais jornais do país! O desepero no PIG parece ser tão grande quanto nas hostes tucanas. Só assim se justifica tanto alarde por tamanha bobagem.

Blog do Gramsci: Se Jesus fosse candidato pelo PT

Postagem do Blog do nosso companheiro Alexandre Chagas, hoje morando no nordeste.

Blog do Gramsci: Se Jesus fosse candidato pelo PT: "Se Jesus tivesse voltado a Terra, vindo para o Brasil e resolvesse ser candidato pelo PT seria alvo de toda a má sorte de preconceito da gra..."

Serra apela ao Guru


A falta de rumo e de assessoria não é privilégio da política provinciana. Serra, que está a precisar de "fatos novos", acaba de embarcar no delírio golpista e tenta cassar a candidatura de Dilma. Tudo isso sob a influência metafísica de seu novo Guru, o americano Ravi Singh que se intitula guru de campanhas... No estado terminal de sua vida pública, Serra não tem vergonha de apelar para "forças ocultas"!

Vox populi: Dilma tem 60% dos votos válidos


Vox mostra Dilma 26 pontos à frente de Serra e com 60% dos votos válidos

Na primeira medição do tracking encomendado pelo iG e pela Band ao Instituto Vox Populi, a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, aparece na liderança, com 51% das intenções de voto.
O cenário, que daria à petista a vitória no primeiro turno, mostra o adversário tucano José Serra com 25%. A candidata do PV, Marina Silva, aparece em seguida, com 9%. Outros candidatos obtiveram, juntos, 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 4%, enquanto os indecisos ficaram em 11%.
O tracking é uma modalidade de pesquisa tradicionalmente utilizada pelas campanhas eleitorais para identificar tendências na definição do voto. Apesar de o sistema ser utilizado há mais de uma década pelos partidos políticos e campanhas eleitorais, os dados não entram no rol de divulgação dos veículos de comunicação.
O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas. A cada quatro dias, um quarto dessa amostra é renovada por meio da realização de 500 novas entrevistas. Essa renovação permite identificar rapidamente as tendências de evolução das intenções de voto. A margem de erro do tracking é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
No tracking espontâneo, no qual os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma tem 41% das intenções de voto, enquanto Serra aparece com 19%. Marina, nesse caso, tem 6%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é citado por 2% dos entrevistados. Brancos e nulos somaram 4%, não souberam ou não responderam 11%.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Medidas desesperadas


Serra foi flagrado hoje em mais uma tentativa patética de recuperar a pretensa competitividade eleitoral: transfusão pública de prestígio/popularidade. O risco é o Alckmin cair e rolar 2º turno em Sampa...

Mais um prêmio para Lula


Saiu no Liberal Online:

Lula da Silva vence prêmio de campeão do mundo contra fome

"O prêmio foi entregue, ontem, durante a conferência Diálogo África-Brasil sobre Segurança Alimentar Combate à Fome e Desenvolvimento Rural. No discurso, Josette Sheeram, diretora executiva do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas disse que "Lula ofereceu o que há de mais importante ao povo: esperança! "




segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O "perverso" brasileiro: idiota ou egoísta


A velha direita ou seus representantes "donos da opinião publicada" sempre tiveram "teorias" sobre o comportamento do brasileiro genérico ou sobre o "povo" (povinho, ralé, enfim o enigmático "outro" das elites!). Invariavelmete a formulação de tais "teorias" atendiam ao descarado desejo de justificação e não-responsabilização social pelo ATRASO nacional. Enfim, da "fraqueza da raça" ao analfabetismo funcional imanente sempre tivemos uma justificativa inteligente do atraso econômico, da desigualdade de renda e da ignorância cognitiva. O mecanismo perverso de socialização da culpa entre aqueles que "merecem o governo (e o estado de coisas) que tem"!

No contexto do Governo Lula, essa atávica compulsão ideológica das elites nacionais teve dois momentos marcantes: em 2006, com a consagradora reeleição de Lula pós "escândalo" do mensalão, o povo IGNORANTE (mistura de burro e mal informado!) se comportou de modo previsível, como uma manada IRRACIONAL alimentada a base de "bolsa esmola" e outras formas menos dignas de asistencialismo instrumental, reelengendo Lula; agora em 2010, na iminência de vitória do projeto de justiça e prosperidade do PT comporificado na candidatura de Dilma, o comportamento do povo passa por uma verdadeira "revolução de paradigma": o brasileiro agora é tido como um clássico homo econômicus: um povo formado por indivíduos egoístas, autoreferidos e maximizadores racionais de vantagens individuais. A explicação ideológica travestida de postulados sobre a "natureza" do brasileiro deu um salto de qualidade, mas continua senso a velha e autoritária visão interessada e distorcida de mundo tão cara aos "donos do poder"!

É justamente essa tendência discusiva que podemos constatar de modo diluído na mídia tradicional e de modo exemplarmente programático numa reportagem do O Globo de ontem (29/08/2010) "Com bolsos mais cheios, problemas minimizados: crédito farto e poder de consumo fazem eleitor querer continuidade do governo e não pensar em bens coletivos"! Nesse autêntico manisfesto da má-fé informada "aprendemos" que o Governo que criou 14 milhões de empregos e garantiu a milhões de brasileiros mobilidade social ascendente e permanente é uma espécie de quimera fatal e insustentável. "Crédito farto, facilidade de compra de imóveis, emprego e renda, ganho do salário mínimo e Bolsa Família fazem a cama para a candidata do PT, Dilma Rousseff, disparar nas pesquisas. Cheios de bens em casa, o eleitor não pensa em problemas coletivos, como saúde ou transporte. E liga menos ainda para questões abstratas, como a situação fiscal."

Perguntinha que não quer calar: será que a reeleição do Governo que realizou/viabilizou esse conjunto de bens coletivos é um mero "resultado agregado" da idiotice egoísta do brasileiro?

domingo, 29 de agosto de 2010

Maquiavelianas III


"Devemos saber que existem dois modos de combater: um, com as leis; o outro, com a força. O primeiro modo próprio do homem; o segundo, dos animais. Porém, como o primeiro muitas vezes se mostra insuficiente, impõem-se um recurso ao segundo. Por conseguinte, a um príncipe é necessário saber valer-se dos seus atributos de animal e de homem. (...)

E pois que um príncipe precisa saber realmente valer-se da sua natureza animal, convém que tome como modelos a raposa e o leão: posto que a raposa mostre-se indefesa contra os lobos e o leão contra as armadilhas do homem, o príncipe proverá às suas carências com aquela conhececendo as armadilhas do homem e com este espavorindo os lobos. Com efeito, aqueles que agem unicamente como leões revelam a sua inabilidade. (...) Todavia, terás de saber usar os atributos de raposa, fazendo-te um grande simulador e um dissimulador. Ademais, são tão simples os homens e tão simplesmente eles conformam-se às exigências do seu presente, que aquele que sabe enganar encontra sempre um outro que, justamente, se deixa enganar. (...)

Os homens, in universali, mais julgam pela visão que pelo tato, uma vez que todos podem facilmente ver; somente una poucos sentir. Cada qual vê o que pareces ser; poucos têm o sentimento daquilo que de fato és; e estes poucos não ousam contrapor-se à opinião dos muitos, que contam, em sua defesa, com a majestade do Estado. Ademais, das ações de qualquer homem e mormente das ações de um príncipe consideramos simplesmente os seus resultados. Em sendo assim, o príncipe deve fazer por onde alcançar e sustentar seu poder: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos elogiados, e isto porque apenas às suas aparências e às suas consequências ater-se-á o vulgo, este vulgo cuja presença é predominante no mundo. De resto, pouco contam as minorias quando as maiorias têm onde se apoiar."

Núcleo Setorial: Cultura

Para variar, um pouco do bom e velho Chico.
Dispensa apresentações e contextualizações.