sábado, 9 de outubro de 2010

Núcleo do Humor: fenômeno Tiririca por Laerte

Fonte: Outras Palavras

Votos "verde" e "rosa"

Para aqueles que acham que podemos aprender com os resultados das urnas, Marcos Coimbra apresenta a sua análise verde e rosa da votação em Marina.

"Houve dois votos em Marina nestas eleições: um que obteve cedo, outro que conquistou na reta final. É preciso entender os dois, para que possamos imaginar como será o segundo turno.
O voto “antigo” em Marina é o voto da agenda verde. Os 8% a 10% que ela havia alcançado ainda em maio provinham, na sua maioria, de eleitores sensíveis aos temas ambientais, que se revelavam tão atentos à questão que se dispunham- a um “voto de atitude”, para mostrar sua insatisfação com o descaso do sistema político brasileiro em relação ao assunto. Havia, nele, outros elementos, de cunho regional (pela origem da candidata no Norte) e religioso (decorrente de sua inserção na comunidade evangélica). Mas não seria errado dizer que era um “voto verde”, de quem conhecia Serra e Dilma e não pensava em nenhum dos dois.
O voto que ela adquiriu no final da eleição não é igual. Originou-se em outros segmentos da sociedade e foi movido por valores diferentes.
Esse voto “novo” em Marina veio de quem a escolheu pelos atributos pessoais e não pela agenda. É porque gostaram dela que esses eleitores se tornaram, subitamente, verdes. Não como os de antes, que o eram por convicção, independentemente de quem fosse o candidato que representasse o tema.
Houve uma segunda onda de votos em Marina. Como mostram algumas pesquisas, foi basicamente metropolitana, feminina e de classe média, típica de mulheres jovens, com média e alta escolaridade, muitas evangélicas. Um voto de quem a viu como uma “pessoa diferente”, mais “humana” e mais “gente” que Dilma e Serra. De quem tinha tendido para Dilma durante boa parte da eleição.
Se tivemos uma “onda verde”, essa foi uma “onda rosa”. A primeira com fundamentos racionais, a segunda assentada nas emoções.
E agora no segundo turno? É possível imaginar um só destino para eleitores tão díspares? Terão Dilma ou Serra como atrair os “verdes”, que não gostavam de nenhum dos dois? E como falar com os integrantes da segunda onda, que pouca atenção prestam às questões programáticas?"
Marcos Coimbra (Carta Capital)

Tu, pessoa nefasta!

Para animar o sábado e exorcizar a histeria dos caluniadores, difamadores e injuriosos.
Uma vibrante versão punk rock de um dos hinos libertadores de Gilberto Gil executada por uma turma da pesada: Andreas Kisser (Sepultura), Clemente (Inocentes), Bi Ribeiro (Paralamas do Suceso) e Charles Gavin (Titãs).
Afinal de contas, temos uma eleição para ganhar!

Deputado Gabriel Chalita fala sobre boataria contra PT e Dilma

Os ímpetos caluniadores e a boataria difamatória assumiram uma surpreendente importância na reta final do primeiro turno. O melhor combate ao obscurantismo travestido de preocupação religiosa  é uma eficiente estratégia de comunicação e o diálogo democrático que trate abertamente determinadas questões. No vídeo,  O deputado eleito Gabriel Chalita (PSB-SP) conversa com Paulo Henrique Amorim sobre a boataria contra o PT e a Dilma. Gabriel Chalita (PSB) é católico praticante, ligado à renovação carismática.




sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Texto que motivou demissão de Maria Rita Khel do Estadão

Por Maria Rita Khel*

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Confira aqui no site Vi o Mundo os bastidores da demissão de Maria Rita do Jornal O Estado de São Paulo

Aiatolá Serra vai apedrejar a Soninha?

Leia o texto do Rodrigo Vianna do site o Escrevinhador.


A Soninha (que já foi da MTV, e era filiada ao PT) hoje é uma das coordenadoras da campanha do Serra. A Soninha – como tantas mulheres – reconhece – na reportagem reproduzida aí no alto – que já fez aborto. Não o fez porque é um monstro irresponsável. Mas porque tantas vezes essa é a única opção para as mulheres. Quem conhece alguém que já abortou sabe do drama que as mulheres - mas também alguns homens – enfrentam nessa hora.

Serra e Soninha, vamos ser honestos, não são fascistas nem fanáticos religiosos – ou não eram. Serra, quando ministro da Saúde, assinou portaria regulamentando aborto no SUS. Só que Serra não tem limites para chegar ao poder. Na tentativa desesperada de ganhar de Dilma, ele se aliou ao que há de mais atrasado no Brasil. Até TFP (seita de extrema direita que é monarquista , contra o divórcio e contra os gays) está apoiando Serra.

Serra, pra ganhar, aposta no atraso, no pensamento mais consevador. Aposta no preconceito contra as mulheres. Serra quer ganhar votos espalhando que Dilma é “abortista, e quer matar criancinhas” (a própria mulher de Serra disse isso num corpo-a-corpo na rua).

Sei que há muita gente, homens e mulheres, que não gosta da Dilma. Gente que até já votou no PT , mas se decepcionou com o PT. Muita gente nessa situação escolheu no primeiro turno Marina, Plinio ou até Serra. Mas será que esse povo quer o atraso no Brasil? Duvido…

Serra, se vencer (e acho que não vence), trará com ele o preconceito, o atraso, a visão de que “gay é pecador” e “mulher está aí pra procriar, não pra decidir sobre sua saúde”.

Serra não era assim. Mas ficou assim. Serra hoje é o atraso. Não é à toa que, no twitter, Serra virou “#aiatoláSerra”.

Coitada da Soninha.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Frase do dia!!


O ótimo jornalista Paulo Henrique Amorim, resumiu no site Conversa Afiada, o perfil de alguns eleitores da Marina:

"São eleitores da classe média Zona Sul: tucanos com a sunga do Gabeira."


Perfeito!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Palpite infeliz

Não é sobre esse que vc pode estar pensando. Sobre isso não me pronuncio em público. Não vale a pena. Mas há muitos outros desatinos na mídia...

Estive hoje participando do programa Página aberta na Educativa FM, para falar sobre a recém assinada convenção coletiva dos professores (as) do ensino básico privado em Campos e São João da Barra. Assim, não tive a oportunidade de repercutir assunto lá discutido antes da entrevista comigo. A declaração do meu caro Paulo Feijó sobre uma eventual "ausência de oposição em Campos" e sua consequencia nos debates da Câmara Municipal.
Sem dúvida, mais um "palpite infeliz". Pode ser mesmo que o Deputado que retorna à Câmara Federal tenha sido mal interpretado, que o repórter tenha distorcido suas declarações, como sugeriu o Jorge Luiz. Se for o caso, ele deve esclarecer o que realmente disse. Mas enfim, não tem cabimento a declaração atribuída a Feijó.
Em post abaixo, somando votos obtidos pelo Chico D'Angelo - a quem este blog apoiou abertamente - e por outros candidatos do PT, PPS, PCdoB e PSol, que são oposição ao governo municipal, em Campos, chegamos a um número próximo a 30 mil votos, que, se somados ainda aos quase 50 mil votos de Arnaldo Vianna (PDT), perfazem votação semelhante à obtida por Garotinho e Feijó juntos. Pra não citar os votos obtidos pelo candidato do PMDB de Macaé, bem votado por aqui. Ou seja, a oposição existe sim, e no caso do pleito para Federal, com participação direta de Garotinho, dividiu preferências com os candidatos apoiados pela máquina municipal!

ATUALIZAÇÃO em 07/10 às 13:05

Após constatar cobertura da entrevista do Deputado Feijó no sítio da Folha da Manhã, não há dúvida. Não houve qualquer má interpretação ou distorção da fala do deputado conforme sugerido no Página Aberta. A declaração infeliz, aliás, foi feita em entrevista ao Programa Folha no Ar da rádio Continental e Feijó quis claramente desmerecer a oposição. Um equívoco. Qualquer análise isenta dos números das eleições de domingo em Campos para Governador, Senador, Deputados Estaduais e Federais demonstra equilíbrio entre candidaturas orientadas pela máquina municipal e pelas forças de oposição. Uma observação respeitosa para Feijó, a quem considero: arrogância não é um bom cartão de visitas no "recomeço".

Vamos a luta!!


A Revista Novae propõe uma campanha para o segundo turno. Pegue o selo você também!!!

Ciro Gomes vem para o segundo turno e afirma: "Estou 100% à disposição para participar desse debate porque o Brasil está acima de tudo. Todo mundo sabe que fiquei muito triste por ver frustrada minha justa intenção de participar desse debate, mas para mim está tudo superado e o mais importante é ajudar o povo brasileiro a ver com serenidade qual o melhor caminho para o país. E estou seguro que o melhor caminho é a Dilma." E fulmina: Veja a serviço “da escória brasileira”

Leia a entrevista na Novae.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Voto e respeito

Voto não se exige, respeito não se pede! Deve-se convencer o outro tanto da pertinência de sua opção política como ser merecedor do respeito alheio. Mas diferença fundamental é: voto é contingente, se perde ou se ganha; mas o respeito pessoal e caráter são absolutos e definitivos: ou você possui ou irá vagar pela existência achando que o mundo lhe deve! E nesse caso o efeito é sempre inversamente proporcional ao esforço: quanto mais se exige menos se consegue. Além do mais, respeito é um vínculo de reciprocidade que se cultiva na sutileza da dignidade humana. Quem não possui não conhece e quem não tem não pode dar. Quem não trata os outros como pessoas, respeitando seus limites, só pode ser um ANIMAL! E o mais ridículo é que esse tipo de animal sempre se vê como um sagaz predador, mas trata-se somente de simplório e odioso carniceiro que alveja os mais fracos e vive de carniça. Têm a nobreza dos urubus e a inteligência estratégica das hienas.

Na Democracia, a regra é o consenso e o sucesso é sempre provisório (sendo a alternância de poder um dos parâmetros da vitalidade democrática!). De acordo com essa complexa lógica de interação social, defida por Brecht como "a arte de pensar com a cabeça dos outros", o sucesso político transcende a mera vitória eleitoral (esse é o caso da vitória de Marina no 1º turno!). Aqueles que pensam diferente e cultivam a crença num hegemonismo "para sempre" são os piores inimigos da convivência democrática e nunca terão vez. Por isso, quem pensa ser o portador de uma verdade política dogmática e crê que na defesa da candidatura Dilma tem o direito de coagir/pressionar eleitores de Marina não possui outro diagnóstico: é um consumado IDIOTA!

Comporta-se como as crianças que perdem no jogo e avacalham a brincadeira dos outros. Nos limites "perverso-polimórficos" da vida infantil esse comportamento será punido pela exclusão do espaço lúdico: quem não sabe brincar, aceitar as regras e partilhar nos brinquedos, fica de fora! Agora, quando essa patologia anti-democrática e proto-fascista se manisfesta na vida adulta, merece desprezo, ojeriza e repúdio completos.

Portanto, Douglas além de ter sido banido desse Núcleo e desse Blog por razões políticas, você não é merecedor de partilhar nossa amizade muito menos de conviver com nossas famílias.
Até nunca mais!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A voz das urnas e a sucessão local

Se somarmos os votos obtidos ontem em Campos por Sérgio Diniz (PPS), Chico D'Angelo (PT), Benedita da Silva (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Edmilson Valentim (PCdoB), Chico Alencar (PSol) e Luís Sérgio (PT), candidatos à Câmara Federal, chegaremos a um número de aproximadamente 29 mil votos. Uma soma semelhante dos votos dados à Professora Odete (PCdoB), Andral (PV), Rodrigo Neves (PT), Marcelo Freixo (PSol), Neinha Freitas (PT), Carlos Minc (PT), Janira Rocha (PSol), Gilberto Palmares (PT), Graciete (PCB), Cesário (PT), Robson Leite (PT), Chumbinho (PT) e Cida Diogo (PT), que concorreram à ALERJ, alcançará algo em torno de 24 mil votos. Em que pese as diferenças entre os pleitos, estes números são próximos às votações obtidas pela própria Professora Odete e pelo Dr. Makhoul Moussalem nas últimas eleições para a Prefeitura de Campos.
Sem rigor metodológico, esses dados permitem contudo perceber as dificuldades a serem enfrentadas por candidaturas independentes do que se convencionou chamar "garotismo" nessa blogosfera - incluídos aí alguns atuais ferrenhos adversários do Deputado federal mais votado no RJ - numa eventual eleição extraordinária para a Prefeitura, prevista para o início de 2011.
Os vícios introjetados na cultura política local nos últimos vinte anos cristalizaram o pensamento crítico e o desejo de um outro modelo de gestão - não confundir com moralismo udenista - a uma franja de cerca de 10% do eleitorado local.
Romper e superar esse patamar de votos, criando formas de comunicação e convencimento de setores sociais mais populares é o desafio colocado para as forças políticas que alavancaram as votações dos candidatos citados no início do post se de fato estas pretendem concretamente interferir na realidade política local para além de um adesismo pragmático e casuísta a um dos pólos que disputaram o poder nos últimos três pleitos municipais.
Após o 2º turno da eleição presidencial, as seções locais do PT, PCdoB, PV, PSol, PPS e PCB poderiam avançar no esforço inaugurado há alguns meses, sem sectarismo e vaidades, e abertos a agregar outras siglas que se adequem a um pefil de mudança real e de gestão eficiente que deve caracterizar a alternativa eleitoral a ser construída para esta cidade. Esse seria o primeiro passo para enfrentar o enorme desafio de acessar e convencer amplos setores da sociedade campista de que uma outra cidade é possível!
E como diria um grande amigo e companheiro: "Sigamos em frente!..."

O PIG continua nas trincheiras


Desde ontem, com a disputa presidencial indo para o segundo turno e a vitória de Alckmim, a mídia histriônica empurra Serra e enaltece Marina, além de desmerecer a credibilidade dos institutos de pesquisa. Uma verdadeira guerra fria. Aliás, desde ontem pela manhã, quando comprei o Jornal O Globo, fiquei pasma - mais que das outras vezes - de ver como toda a edição foi modificada para desmerecer a candidatura Dilma. Porém, o que mais me impressionou foi a capa da Revista da TV. Uma capa extra acima da capa principal, com a frase: "era uma vilã tão má, mas tão má, que foi ao inferno e voltou". Na contracapa, a foto de Odete Roitmam, a vilã assassina da novela Vale Tudo. Me impressionou que a foto lembrava a Dilma e foi montada da mesma forma que a foto da candidata na Revista Época. No conteúdo da revista havia mais chamadas com a mesma foto, com a desculpa de divulgar a reprise da novela no canal Viva, da rede Globo. Hoje tentei buscar a capa da revista, mas não consegui. Porém, durante a pesquisa, achei esta foto acima, reproduzida do blog do "colonista" da Veja, Reinaldo Azevedo e seu partner Olavo de Carvalho - este se intitula filósofo - mas só escreve coisas chulas. Aliás, o blog com o nome de resistência democrática, é só baixaria!!
Lá estavam, inclusive, todas as difamações feitas a Dilma na última semana de campanha.
Isso não é mensagem subliminar? Muita coincidência para quem reclama tanto afirmando que não existe liberdade de imprensa!!

Vamos a luta!!

Dilma Presidente!!

Dilma: garra e energia para vencer o segundo turno



Garra e energia foram as palavras escolhidas pela candidata Dilma Rousseff para definir como serão os próximos dias na disputa do segundo turno das eleições presidenciais. Num pronunciamento em Brasília, a petista citou os mais de 47 milhões de votos que ela recebeu hoje dos eleitores de todo país.
A candidata salientou que a disputa do segundo turno será importante para detalhar suas propostas, principalmente em relação à erradicação da miséria no país e ao desenvolvimento que atenda todos os 190 milhões de brasileiros. “Vou encarar esse segundo turno com muita garra e energia", disse Dilma, ao lado dos coordenadores de sua campanha e do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“Agradeço os votos e me sinto honrada por eles. Agradeço os candidatos que concorreram nesse pleito. Cumprimento o candidato José Serra, a candidata Marisa [Silva] pelo desempenho. E cumprimento também o candidato Plínio [Arruda] e os demais candidatos”, afirmou.
Militância
Segundo ela, foi fundamental o papel aguerrido dos militantes de todos os partidos que compõem a coligação Para o Brasil Seguir Mudando na reta final do primeiro turno das eleições. Disse que eles são guerreiros e têm "grande poder de chegada".
“Quero destacar e fazer um agradecimento especial para nossa militância aguerrida, tanto do meu partido como dos partidos aliados. Nós somos bastante guerreiros e somos acostumados a desafios, e somos de chegada. Tradicionalmente, a gente tem desempenhado bom no segundo turno”, disse, animada.
Dilma cumprimentou também os parlamentares aliados e de oposição que se elegeram nesse domingo e comemorou que as eleições transcorreram dentro da normalidade sem grandes incidentes.
“Cumprimento não só as dezenas de senadores e centenas de deputados da base aliada, mas também os senadores e deputados da oposição. Tivemos uma eleição com normalidade e foi um momento especial porque somos uma das maiores democracias do mundo e temos imensa capacidade de viver com o contraditório e as discussões”, salientou.
Entrevista
Dilma fez o breve pronunciamento e convocou os jornalistas para uma entrevista coletiva às 16h de segunda-feira. “Por hoje, faço só uma declaração, tanto em respeito a nossa militância, aos votos que recebemos, mas também em respeito a vocês [jornalistas] que esperaram longamente em todos os lugares que estive”, disse.

No 2º turno, quase sempre vence quem sai na frente






No 2º turno, quase sempre vence quem sai na frente
mas o segundo turno entre Dilma e Serra tem características únicas

Nada mais sem conteúdo do que a frase “segundo turno é outra eleição”. O fato é que o segundo turno é a mesma eleição.

Os exemplos históricos demonstram que na maioria das eleições para governador ou para prefeito em cidades grandes o vencedor do segundo turno é exatamente o candidato que terminou na frente a disputa no primeiro turno.

Sim, claro, viradas ocorrem. Mas são raras.

No caso de eleições para presidente da República nunca houve viradas. Houve cinco eleições diretas para o Palácio do Planalto pós-ditadura militar (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006), sendo que em três delas foi necessário o segundo turno. Quem ganhou foi quem já estava na frente no primeiro turno.

Fernando Collor, em 1989, teve 30,5% dos votos no primeiro turno contra Lula, que obteve 17,2%. No segundo turno, deu Collor como vitorioso com 53% contra Lula com 47%.

Lula também foi ao segundo turno, em 2002 e 2006. Nesse dois casos, passou adiante sempre na dianteira.

Em 2002, o petista teve 46,44% dos votos válidos. O segundo colocado era José Serra, do PSDB, que pontuou 23,2%. Ou seja, a diferença entre ambos era de 23,24 pontos percentuais. Nas simulações de segundo turno (na véspera do 1º turno), Lula já aparecia com 56% contra 35% de Serra (diferença de 21 pontos percentuais)

No segundo turno em 2002 Lula teve 61,3% dos votos contra 39,7% de Serra.

Em 2006, Lula terminou o segundo turno com 48,6% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) teve 41,6%. A diferença entre ambos era de apenas 7 pontos. Nas projeções de segundo turno, entretanto, Lula aparecia com 49% contra 44% de Alckmin –uma distância de meros 5 pontos.

A partir daí ocorreu algo curioso em 2006. Lula disparou e Alckmin encolheu. Ao final, o petista conquistou a eleição com 60,8% dos votos contra só 39,2% do tucano. Ou seja, uma diferença de 21,6 pontos percentuais.

E em 2010?
Dilma terminou (em números redondos) com 47% dos votos contra os 33% de Serra. Uma diferença de 14 pontos. Em tese, está mais confortável do que Lula em 2006. Numa simulação de segundo turno feita pelo Datafolha nos dias 1º e 2 de outubro (antes, portanto, do impacto do resultado de domingo), Dilma aparece com 52% contra 40% de Serra –uma vantagem de 12 pontos.

Em tese, Dilma entra na reta final da disputa numa situação teoricamente mais vantajosa que Lula em 2006. Com uma grande diferença, entretanto, que vem a ser a seguinte: Dilma não é Lula nem Serra é Alckmin.

A favor de Dilma há dois fatos: a) Lula é extremamente popular e 2) a economia no país produz nas pessoas o “feel good factor” que é tão vital em uma eleição. A favor de Serra há a experiência de ser um político já testado em vários cargos e ter mais traquejo em debates.

Outro detalhe: quando ocorre algum tipo de virada no segundo turno, o fenômeno é muito rápido. Em 2006, Lula e Alckmin saíram quase empatados do primeiro turno (que naquele ano caiu no dia 1º de outubro). Já nos dias 16 e 17 de outubro, numa pesquisa Datafolha, o petista liderava com 60% dos votos válidos contra apenas 40% do tucano.

Ou seja, nesta semana que começa haverá.




domingo, 3 de outubro de 2010

2º Turno: a hora da "Grande Política"!


Findado o 1º turno das eleições presidenciais e confirmado a nossa vitória, chega a hora de transcender os limites "politicamente corretos" (medíocres?!) da disputa eleitoral e reafirmar a substância real da política. Essa é a hora da verdade na qual quem "tem lado" deve se posicionar ou se calar para sempre. São nesses momentos que vemos in natura (sem trocadilhos!?) a razão de ser da política, para além da "vontade de potência" própria do caráter agonico da luta pelo poder. Estou me referindo à luta pela direção política da sociedade, a ser travada entorno dos projetos de Nação.

É hora da "Grande Política": vamos confirmar a vitória do projeto do PT para o Brasil, elegendo Dilma em 31 de Outubro!

Bom Dilma a todos!!!

Dutra: “Com a militância na rua, vamos eleger Dilma no primeiro turno”


por Conceição Lemes

Conversei sábado à noite com José Eduardo Dutra, presidente do PT, que disse: ” As nossas pesquisas internas indicam que Dilma Rousseff teria 54% dos votos válidos. Considerando a margem de 2 pontos percentuais para baixo e para cima, ela teria, no mínimo, 52%. Esperamos eleger a Dilma em primeiro turno”.

O tracking do Vox Populi dá 53% dos válidos e que Dilma venceria no primeiro turno. Já o Ibope e o Datafolha, respectivamente, 51% e 50%. Levando em conta a margem de erro, a candidata petista poderia chegar a 53% e 52%.

Lançando mão de sua última bala, o Datafolha tenta injetar ânimo no desalentado eleitorado tucano-demista, estimulando-o a votar em peso, e, assim, tentar levar a eleição para o segundo turno. Curiosamente, comparando Datafolha e Ibope, o Datafolha, como fez ao longo de toda esta campanha, favorece os tucanos.

Para governador, o Datafolha diz que a fatura será liquidada no primeiro turno. Dá 55% dos votos válidos para Geraldo Alckmin (PSDB). Já o Ibope, 51%, e não descarta a possibilidade de segundo turno.

Para senador, o Datafolha diz que Netinho de Paula (PCdoB), Marta Suplicy (PT) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) estariam tecnicamente empatados . Netinho e Marta teriam 24% dos votos válidos e Aloysio, 20%. Já para o Ibope, Netinho e Marta estariam eleitos com 27% dos votos válidos. Aloysio teria 19%.

“A nossa esperança, a nossa força, são os militantes”, afirma José Eduardo Dutra. “Por isso, convoco todos a ir para a rua com as suas bandeiras. Vocês, sim, vão fazer a diferença. Vão fazer com que elejamos Dilma no primeiro turno e o Brasil, de Norte a Sul, continue mudando.”