sábado, 3 de abril de 2010

Vox Populi informa: Dilma sobe e força empate técnico com Serra


Apesar de toda má-fé profissional dos "donos da opinião publicada" (vulgos PIGs), que se negaram a publicar os dados da pesquisa divulgados pelo Jornal da Band, o Vox Populi confirma a tendência de alta das intenções de voto de Dilma e a estagnação de Serra. Vamos direto ao ponto:
Pesquisa divulgada neste sábado (3) pelo Instituto Vox Populi mostra que o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, está tecnicamente empatado com a pré-candidata do PT, a ex-ministra Dilma Rousseff, em um cenário em que o deputado Ciro Gomes (PSB) entra na disputa. Sem Ciro na corrida, Serra lidera com alguma vantagem as intenções de voto.
No primeiro cenário, o ex-governador de São Paulo – que se manteve estável em relação à pesquisa de janeiro do mesmo instituto – aparece com 34% contra 31% de Dilma, que subiu quatro pontos percentuais em relação a janeiro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Nesse quadro, Ciro aparece com 10%, à frente da pré-candidata do PV, a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que vem com 5% da preferência dos eleitores pesquisados. Votos nulos e brancos somam 7%. Nesse cenário, 13% não souberam ou preferiram não responder à pesquisa.
Em um cenário sem Ciro, Serra lidera com 38% e fica em vantagem mesmo se considerada a margem de erro. Dilma vem a seguir, com 33%, e Marina alcança 7% das intenções. Brancos e nulos somam 7%, enquanto 15% não quiseram responder ao instituto.
A pesquisa foi encomendada pela TV Bandeirantes. Em relação à pesquisa anterior do Vox Populi, também encomendada pelo veículo, Serra já aparecia com os 34%, enquanto Dilma se mantinha em segundo lugar com 27%. Naquela pesquisa, o deputado Ciro Gomes aparecia com 11% da preferência dos entrevistados, seguido da senadora Marina Silva, com 6% das intenções de voto.O crescimento de Dilma em relação a Serra tem sido mostrado também por outras pesquisas. Em meados de março, o Ibope divulgou pesquisa mostrando que caiu drasticamente a vantagem do pré-candidato do PSDB sobre a pré-candidata do PT. A diferença entre os dois diminuiu de 21 pontos percentuais, em dezembro, para cinco pontos percentuais em março.
Fonte: congresso em foco

A antiga imprensa, enfim, assume partido.


Quem estava prestando atenção já percebeu faz tempo: a antiga imprensa brasileira virou um partido político, incorporando as sessões paulistas do PSDB (Serra) e do PMDB (Quércia), e o DEM (ex-PFL, ex-Arena).
A boa novidade é que finalmente eles admitiram ser o que são, através das palavras sinceras de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional dos Jornais e executiva do jornal Folha de S. Paulo, em declaração ao jornal O Globo:
“Obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada.”
A presidente da Associação Nacional dos Jornais constata, como ela mesma assinala, o óbvio: seus associados “estão fazendo de fato a posição oposicionista (sic) deste país”. Por que agem assim? Porque “a oposição está profundamente fragilizada”. A presidente da associação/partido não esclarece porque a oposição “deste país” estaria “profundamente fragilizada”, apesar de ter, como ela mesma reconhece, o irrestrito apoio dos seus associados (os jornais).
A presidente da associação/partido não questiona a moralidade de seus filiados assumirem a “posição oposicionista deste país” enquanto, aos seus leitores, alegam praticar jornalismo. Também não questiona o fato de serem a oposição ao governo “deste país” mas não aos governos do seu estado (São Paulo).
Propriedades privadas, gozando de muitas isenções de impostos para que possam melhor prestar um serviço público fundamental, o de informar a sociedade com a liberdade e o equilíbrio que o bom jornalismo exige, os jornais proclamam-se um partido, isto é, uma “organização social que se fundamenta numa concepção política ou em interesses políticos e sociais comuns e que se propõe alcançar o poder”.
O partido da imprensa se propõe a alcançar o poder com o seu candidato, José Serra. Trata-se, na verdade, de uma retomada: Serra, FHC e seu partido, a imprensa, estiveram no poder por oito anos. Deixaram o governo com desemprego, juros, dívida pública, inflação e carga tributária em alta, crescimento econômico pífio e índices muito baixos de aprovação popular. No governo do partido da imprensa, a criminosa desigualdade social brasileira permaneceu inalterada e os índices de criminalidade (homicídios) tiveram forte crescimento.
O partido da imprensa assumiu a “posição oposicionista” a um governo que hoje conta com enorme aprovação popular. A comparação de desempenho entre os governos do Partido dos Trabalhadores (Lula, Dilma) e do partido da imprensa (FHC, Serra), é extraordinariamente favorável ao primeiro: não há um único índice social ou econômico em que o governo Lula (Dilma) não seja muito superior ao governo FHC (Serra), a lista desta comparação chega a ser enfadonha.
Serra é, portanto, o candidato do partido da imprensa, que reúne os interesses da direita brasileira e faz oposição ao governo Lula. Dilma é a candidata da situação, da esquerda, representando vários partidos, defendendo a continuidade do governo Lula.
Agora que tudo ficou bem claro, você pode continuar (ou não) lendo seu jornal, sabendo que ele trabalha explicitamente a favor de uma candidatura e de um partido que, como todo partido, almeja o poder.

Jorge Furtado é cineasta e esse texto foi tirado do blog de Jorge Furtado/Casa de Cinema de Porto Alegre

PAC 2 em Itaperuna

O Deputado Chico D'Angelo (PT-RJ) conseguiu incluir no PAC 2 uma obra importante há tempos reivindicada pela população de Itaperuna e da região noroeste do Estado. A "Rodovia do contorno" vai reformular o traçado da BR-356 no acesso àquele importante município, pólo regional. Uma obra estrutural estratégica para a região no setor de transporte rodoviário.
É o PT e o governo LULA trabalhando em prol do Estado do Rio e da região norte-noroeste fluminense.

Núcleo setorial: cultura

Gostei da sugestão de "encontros culturais" apresentadas pelo meu xará filósofo. Neste botequim virtual se encontram hoje o poeta alemão Friedrich Hölderlin - antes da loucura dominá-lo - e o tropicalíssimo Tom Zé - "louco" desde sempre.

Hölderlin propõe a sua Prece pelos incuráveis

"Corre, Tempo relutante, leva-os depressa à desrazão.
  De outro modo, como lhes mostrará quanto juízo têm?
 Corre, leva-os depressa à ruína e ao nada assustador.
  De outro modo, não creriam quão arruinados eles estão.
 Tais loucos nunca se, a menos que vejam decomposição."
                                             (Tradução: José Paulo Paes)

Ao seu lado, no balcão Tom Zé argumenta: - Hein?



Tenho que admitir, às vezes o Millôr é inescapável: "O diálogo é possível. Só não conduz a nada."

Historiando a cidade: imagens urbanas

Estamos inaugurando a série Historiando a Cidade!

Um pouco da história e da memória das cidades do Norte Fluminense. 
Especial atenção para esta planície, palco de lutas sociais e de muita injustiça. 
Por enquanto, ficamos com algumas imagens urbanas. (veja a exposição virtual)
Abaixo, um trecho do canal Campos-Macaé na área central da cidade. 


Compare as fotos. As intervenções confundiram concreto com solução urbanística. Muito pior, progressivamente, transformaram o canal num fétido "valão", cloaca a céu aberto.


O projeto divulgado pela atual Prefeitura mostra um arremedo de monumentalidade que escancara o sua incapacidade de pensar a cidade como um todo complexo. Intervenção pontual que tenta criar a ilusão de "limpeza" que adiviria com a cobertura do canal, suas margens salpicadas de arbustos para vestir a fantasia de preocupação ambiental. 

Obra de outro (des) governo garotinho, a cobertura executada e que sustenta o (falecido) Parque Alberto Sampaio já mostrou a falta de planejamento e a orientação "obreira" restrita à maquiagem urbana que custa muitos milhões de reais para o cofre público, transferidos para alguns poucos cofres particulares. Enquanto isso...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

CONAE 2010: eleição para diretor e 7% do PIB

A primeira rodada de debates da Conferência Nacional de Educação (Conae) foi encerrada ontem com a aprovação de propostas que recomendam, entre outras medidas, a eleição direta para diretores nas escolas públicas e um número máximo de alunos por turma em cada etapa do ensino: 15 na pré-escola, 20 no ensino fundamental, 25 no ensino médio e 30 no ensino superior.
Os delegados também aprovaram proposta para criação do “ano sabático” para os professores da rede pública: a cada sete anos trabalhados, o profissional poderia tirar licença por um ano para estudar, mantendo a remuneração. Outra determinação é para que o piso nacional dos professores, estabelecido por lei em 2008, seja reajustado anualmente pelo Índice do Custo de Vida (ICV) do Dieese.
Os conferencistas aprovaram ainda a determinação de que o país invista em Educação 7% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2011 e chegue a 10% em 2014. A estimativa mais recente, de 2008, mostra que o Brasil aplica anualmente 4,7% do PIB na área – algo próximo a R$ 136 bilhões, considerados os investimentos públicos municipais, estaduais e federais.
Todas essas propostas, que o plenário da Conae deverá ratificar hoje, servirão como diretrizes para a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vai orientar as políticas do setor para os próximos dez anos. O plano tem que ser aprovado neste ano pelo Congresso Nacional para vigorar a partir de 2011.
Brasília Confidencial

Na luta pela educação



CONAE 2010: Aprovado o fim de convênios com creches e à destinação dos recursos da exploração do pré-sal para a educação.

Os participantes da Conferência Nacional de Educação (Conae) aprovaram no dia de ontem (1º) na plenária final uma proposta para acabar, aos poucos, com o sistema de creches conveniadas. Segundo o texto, as matrículas nesses estabelecimentos de ensino, que recebem recursos públicos para atender a população, devem ser congeladas em 2014. A extinção dessa modalidade de parceria deve ocorrer até 2018, “tendo que ser obrigatoriamente assegurado o atendimento da demanda diretamente na rede pública”.
Essa foi uma das propostas aprovadas pelo encontro, que terminou ontem (1°) em Brasília. Os mais de 3 mil participantes discutiram temas na área do financiamento, acesso à educação, diversidade e valorização dos profissionais da educação. As propostas aprovadas pela Conae servirão de base para a formulação do próximo Plano Nacional de Educação (PNE), que irá vigorar de 2011 a 2020.
Outra proposta aprovada diz respeito à destinação dos recursos da exploração do pré-sal para a educação. Os delegados decidiram que 50% dos valores que compõem o Fundo Social do pré-sal devem ser gastos em educação. Desse total, 30% devem ficar com a União para serem investidos no ensino superior e profissionalizante. O restante deve ser transferido para estados e municípios para desenvolvimento de programas da educação básica.
De posse das propostas aprovadas na CONAE, o Ministério da Educação (MEC) vai elaborar o novo plano que precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional ainda este ano. Ainda não está definido um cronograma para esse processo.
Por Amanda Cieglinsk da Agência Brasil
Postado por PROFª LUCIANA

Núcleo setorial: cultura


A postagem cultural de hoje tem a satisfação de promover o encontro de duas almas atormentadas e brilhantes: em comum, o sentimento do caráter agonístico da vida.

"A vontade de poder como vida
O ser humano não procura o prazer e não evita o desprazer. Agrado e desagrado são meros fenômenos secundários, _ o que o ser humano quer, o que cada partícula de um organismo vivo quer é um a-mais de poder. (...) Partindo de tal vontade, ele busca resistências, ele precisa de algo que se contraponha. (...) O ser humano não foge a isso; pelo contrário, ele tem nisso algo continuamente necessário: toda vitória, toda sensação de prazer, todo acontecer pressupõem uma resistência vencida."

Friedrich Nietzsche (Fragmentos Finais. Trad. Flávio Kothe).


"Angústia
Será possível que Ela me faça perdoar as ambições continuamente esmagadas, – que um final feliz compense os anos de indigência, – que um dia de sucesso adormeça sobre o vexame de nossa fatal incompetência.

(Ó aplausos! diamante! – Amor! força! – maiores do que glórias e alegrias! – de qualquer jeito, por toda a parte, – demônio, deus – Juventude deste ser; eu!)

Que os acidentes de feitiços científicos e os movimentos de fraternidade social sejam queridos como a restituição progressiva da sinceridade primeira?...

Mas a Vampira que nos faz gentis nos manda divertir com o que ela deixa, ou então que fiquemos mais malandros.
Rolar até ferir, pelo ar e mar exaustos; até os suplícios, pelo silêncio do ar e das águas mortais; até as torturas que riem, em seu silêncio atrozmente encrespado."

Arthur Rimbaud (Illuminations. Trad. Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça).

quarta-feira, 31 de março de 2010

O papel da minoria na construção da unidade partidária

Desenvolve-se nos coments à um post do companheiro Gustavo Lopes sobre a tradição de nossa Câmara de Vereadores interessante debate sobre o papel do PT na agenda política local.
Sendo esse um blog institucional de um núcleo de base que, majoritariamente, sufragou minha presença na CEM do DM do Partido dos trabalhadores, acho oportuno reproduzir aqui alguns dos argumentos desenvolvidos por mim naquele debate.
Minha atuação na direção municipal do PT tem sido pautada nos últimos anos por postura firme, enquanto minoria, no sentido da independência do partido frente as falsa polarização de duas oligarquias políticas de mesma origem e que reproduzem modelos de gestão muito semelhantes ao se alternarem na gestão municipal. Foi assim que me posicionei contra a participação do partido no governo Mocaiber e a aliança com o PDT nas últimas eleições, sem contudo deixar que as divergências comprometessem o respeito e a interlocução com o conjunto das forças que compõem e hegemonizam o Diretório local.
Para podermos nos apresentar como real alternativa no sentido da construção de um projeto político realmente diferente para Campos, precisamos ter como pressuposto a superação da luta interna e a construção da unidade partidária.
Louve-se o fato de que o companheiro Eduardo Peixoto, presidente do PT local, tem agido com habilidade, com gestos de boa vontade articulando um consenso interno quase inédito neste sentido.
Esse consenso - algo tão novo quanto a desistência coletiva dos "atalhos" que algumas alianças representaram para a acumulação de forças no parlamento e a impressão de nossas digitais políticas em algumas áreas da gestão local - é ponto de partida para a construção do objetivo maior aqui apresentado, que deve ainda envolver interlocução e articulação com a sociedade civil, partidos políticos que possam se manter independentes da polarização entre as duas facções "garotistas" e a população em geral.
É responsabilidade da minoria eleita pela proporcionalidade direta para a direção partidária contribuir com esse caminho.

Diretoria "pirata" continua a frente do SINPRO

Em audiência realizada na tarde de ontem na 3ªVara do trabalho de Campos, o Mmo. Juiz Dr. Cláudio Aurélio Freitas decidiu remeter ao Ministério Público do Trabalho o processo que trata da indefinição na transição da gestão do Sindicato dos professores de Campos e São João da Barra, desde 04 de janeiro, quando estava marcada a minha posse como Presidente daquele sindicato.
Desde então, a advogada do SINPRO, Dra. Clésia Moraes e a antiga diretoria - que permanece irregularmente à frente da entidade em função da irresponsabilidade da Comissão eleitoral, que não nos deu posse conforme previsto no estatuto e extrapolou suas atribuições nomeando a direção cujo mandato se expirou em 31/12/2009 "Junta administartiva provisória" - vem promovendo manobras golpistas e chicanas jurídicas a fim de protelar a posse da diretoria eleita.
Com a decisão de ontem, o Magistrado responsável pelo processo vai aguardar parecer do MP do Trabalho de Campos até o final de abril, tendo ficado marcada nova audiência do processo no dia 29/04.

A estranha greve dos ônibus!

Em seu "Planície lamacenta" o irriquieto Douglas da Mata questiona a aparente unidade da categoria dos rodoviários e a passividade dos patrões frente a greve da categoria no dia de hoje - leia aqui.
O fato também chamou a minha atenção na manhã de hoje, quando tive que recorrer a táxi para ir trabalhar. A adesão maciça ao movimento grevista é de causar inveja a qualquer sindicalista como este blogueiro.
As justas reivindicações da luta dos rodoviários têm nosso apoio, mas não é a primeira vez que se ouve falar de "locaute" quando de greves tão bem-sucedidas do setor neste município. A diferença fundamental é que agora, com a passagem a R$ 1,00 e seus subsídios, a possível vantagem dos patrões, numa pressão articulada no sentido de repassar à tarifa os ganhos dos trabalhadores - e algo a mais - envolve substancial repasse de dinheiro público sem a devida transparência neste processo. Típico exemplo do que nos faz ter de conviver com as propostas de alteração na Lei dos royalties no Congresso Nacional.

IFF democrático

Para quem tem memória histórica e não faz da má-fé instrumento de intervenção na vida pública, o exercício da democracia nunca será algo estranho no Instituto Federal Fluminense (IFF ex-Cefet/Campos). O último pleito finalizado ontem (30/03), com a eleição dos novos diretores dos campus Campos-centro e Macaé, apenas corrobora essa bonita e bem-sucedida história institucional. Confira o informe do evento no post do professor Roberto Moraes:

IFF: elegeu ontem dois diretores de campi
Em eleições ocorridas ontem, em dois campi do IFF, o Campus Centro e o Campus Macaé, foram eleitos, respectivamente, os professores Jefferson Azevedo e Marcelo Félix para diretores-gerais, num mandato, até janeiro de 2012, quando novos diretores serão escolhidos, de forma conjunta com a eleição da Reitoria, hoje, dirigente máximo, e de todos os campi do IF Fluminese.Os resultados em Macaé e Campos foram parecidos. Em Macaé, Marcelo Féliz ganhou com 57% contra 43% dos votos da professora Maria Ignez e em Campos, o professor Jefferson Azevedo ganhou de 57,6% contra 42,3% dos votos do professor Hélio Junior. No Campus Centro foram computados os votos válidos de 477 servidores e 2.440 alunos.Ainda hoje, o Conselho Superior do IFF se reunirá para homologar o resultado das duas eleições e definir, provavelmente para a próxima semana, a posse dos eleitos.

Odisséia em ação!

Ministério Público:Fé e Esperança
Por odisseia, em 31-03-2010 - 12h46

Apresentei na manhã desta quarta-feira, uma representação junto ao Ministério Público Estadual /RJ para requerer providências no sentido de disponibilizar informações necessárias sobre a gestão pública em Campos e esclarecer os chamados “desmandos dos royalties”,bem como requerer após apuração as devidas ações.
Solicito informações sobre a construção de casas populares dentro da Lagoa Maria Pilar — que é área de proteção ambiental —, a concorrência pública referente às obras do programa Bairro Legal e também sobre os gastos com royalties do petróleo nos últimos 20 anos em Campos.

Núcleo internacional



Depois da reforma da Saúde, será que a reforma dos sistema financeiro sairá?


A reforma da saúde é lei. A seguir: reforma financeira. Mas ela acontecerá? A Casa Branca está otimista, porque acredita que os republicanos não vão querer ser vistos como aliados de Wall Street. Eu não estou tão certo. A pergunta chave é quantos senadores acreditam que podem escapar impunes alegando que guerra é paz, escravidão é liberdade e regulamentação dos grandes bancos significa fazer um grande favor aos grandes bancos. Um pouco de história: nós costumávamos ter um sistema viável para evitar crises financeiras, apoiado em uma combinação de garantias do governo e regulamentação. De um lado, os depósitos bancários eram segurados, impedindo as grandes corridas aos bancos que foram a causa central da Grande Depressão. Do outro, os bancos eram fortemente regulamentados, para que não tirassem proveito das garantias do governo correndo riscos excessivos. De 1980 em diante, entretanto, esse sistema gradualmente ruiu, em parte devido à desregulamentação bancária, mas principalmente por causa da ascensão do sistema bancário “paralelo”. (...) O resultado, em 2007, foi um sistema financeiro tão vulnerável a crises severas quanto o sistema de 1930. E veio a crise. E agora? Nós já recriamos, na prática, garantias do tipo New Deal: quando o sistema financeiro mergulhou na crise, o governo interveio para resgatar as empresas financeiras em risco, para evitar um colapso completo. E é preciso ter em mente que os maiores resgates ocorreram sob um governo republicano conservador, que alegava acreditar profundamente no livre mercado. Há todo motivo para acreditar que essa será a regra daqui em diante: na hora do vamos ver, independente de quem esteja no poder, o setor financeiro será resgatado. Na prática, as dívidas dos bancos paralelos, como os depósitos dos bancos convencionais, agora são garantidas pelo governo. A única dúvida agora é se o setor financeiro pagará um preço por este privilégio, se Wall Street será obrigada a se comportar de forma responsável em troca do apoio do governo. E quem poderia ser contra isso?

A única pergunta é se vamos regulamentar os banqueiros para que não abusem do privilégio da ajuda do governo. E é essa regulamentação –não futuros resgates– que os oponentes da reforma estão tentando bloquear.

Paul Krugman
Professor de Princeton e colunista do New York Times desde 1999, Krugman venceu o prêmio Nobel de economia em 2008

Senado propõe nova divisão dos royalties

Senadores propõem divisão dos royalties apenas entre Estados e municípios

Os senadores Francisco Dornelles (PP-RJ) e Renato Casagrande (PSB-ES) apresentaram na tarde desta terça-feira (30) à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) uma emenda ao projeto que cria o regime de partilha para exploração do pré-sal e estabelece novos critérios para distribuição dos royalties do petróleo. De acordo com a proposta, os royalties, que pelo regime atual são divididos entre União, Estados e municípios produtores (que recebem a maior parte) e Estados e municípios não-produtores, iriam apenas para Estados e municípios (tanto os produtores quanto não-produtores).
Pela emenda, que se refere apenas às áreas ainda não licitadas, a parcela destinada à União (6,5%) seria convertida num Fundo Especial a ser distribuído entre Estados, Distrito Federal e municípios (5%). Uma pequena parcela seria destinada também ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para o desenvolvimento de pesquisas destinadas à indústria do petróleo, e outra parte constituiria um fundo de combate às mudanças climáticas e proteção ao ambiente marinho. Dessa forma, os lucros da União se restringiriam ao pagamento em petróleo pelas empresas exploradoras. A emenda também estabelece as formas de aplicação dos recursos obtidos pela venda do petróleo: 55% iria para a constituição do Fundo Social, 21,5% para os Estados e o Distrito Federal, de acordo com o FPE (Fundo de Participação dos Estados), e 23% para os municípios, de acordo com o FPM (Fundo de Participação dos Municípios).
A emenda terá agora que ser apreciada pelas comissões técnicas por onde o projeto que trata da exploração do petróleo sob o sistema de partilha está tramitando. Os senadores Dornelles e Casagrande disseram que essa emenda foi discutida entre os representantes do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e também de outros Estados. Eles afirmaram que agora vão começar a negociar a proposta com representantes de outros Estados e também com lideranças da Câmara.
Caso a emenda seja aprovada, o texto retornará à Câmara onde passara por nova apreciação.

Fonte: UOL Notícias 30/03/10

terça-feira, 30 de março de 2010

Lula: "Começaram a disputar o pirão antes da pescaria."

Na coluna semanal "O Presidente responde", Lula responde aos questionamentos e sugestões dos brasileiros. Na última coluna (30/03/10), um dos temas levantados foi a divisão dos royalties. Confira:

Luiz Inácio Lula da Silvapresidenteresponde.pe@diariosassociados.com.br

-Vanda Cáceres Gonçalves, 64 anos, aposentada de Campo Grande (MS) - Gostaria de sugerir que o sr. não vetasse a distribuição da renda do petróleo entre os estados e municípios. V. Exª deveria mandar verificar no que gastam os governos estaduais e os prefeitos.

-Vanda, nos projetos que enviamos ao Congresso, procuramos definir o marco regulatório da exploração da camada do pré-sal, garantindo o regime de partilha e a formação de um fundo social, cujos rendimentos serão aplicados em educação, ciência e tecnologia, saúde, meio ambiente e cultura. Decidimos deixar a fórmula da divisão dos royalties para mais tarde. Mas esta questão foi a primeira a ser debatida no Congresso. Começaram a disputar o pirão antes mesmo da pescaria. Diante das divergências cada vez mais agudas, o governo federal aceitou perder recursos para favorecer um acordo, fechado com líderes partidários, governadores dos estados produtores e outros governadores. Mas, na hora H, prevaleceu o enfrentamento. Volto a dizer: o momento não é apropriadopara essa discussão. Nós não podemos deixar que as paixões momentâneas influenciem decisões que devem valer por décadas. Eu espero que o Congresso, passadas as eleições, saiba encontrar uma solução que contemple todos os estados. Sobre os recursos dos royalties, acho que estados e municípios não devem gastar com custeio. A prioridade deve ser a educação."

Assembléia supensa

A "assembléia" irregularmente convocada para a noite de ontem - nem mesmo observaram as disposições estatutárias para tal convocação - pela antiga direção do SINPRO Campos/ São João da Barra, que permanece irregularmente à frente da entidade desde 04/01, para tentar mais uma manobra no sentido de golpear a decisão democrática das eleições de dezembro - onde liderando a chapa de oposição fui eleito presidente daquele sindicato - foi suspensa no início da tarde pelo Mmo. Juiz da 3ª Vara do Trabalho de Campos, Dr. Cláudio Aurélio Freitas, por meio de medida liminar, atendendo solicitação de nossa chapa.
Hoje haverá audiência no processo que trata do caso do golpe em curso contra a manifestação democrática dos professores que votaram no pleito. A expectativa é de que, finalmente, a vontade da categoria seja observada.

Os novos desafios do PT e a vitória de Lindberg



As prévias de domingo no PT-RJ serviram para confirmar o favoritismo previsível: Lindberg 67,1% (18.546 votos), contra 32,9% (9.090 votos) para Benedita. A definição da candidatura de Lindberg para o Senado (muito provavelmente tendo como suplente Godofredo Pinto) contribui para definir a estratégia eleitoral para 2010 e fortalece o jovem prefeito de Nova Iguaçú para futuras disputas majoritárias. Contudo, a aliança PT/PMDB, fundamental para o futuro êxito da candidatura de Dilma no sudeste, possui graves limites políticos. Na gestão omissa e impopular de Sérgio Cabral, o PT participa como "sócio minoritário": indica para cargos e mesmo quando tem o titular de uma secretaria, essa nunca é de "porteira fechada". Ou seja, o PT participa da máquina mas não formula políticas públicas. Mesmo quando executa políticas nesse governo, nem de longe tem a oportunidade de implementar projetos no espírito do "modo petista de governar". Some-se a isso o fato de Lindberg ter de dividir a chapa para o Senado com Dom Piciani, teremos a percepção exata do tipo de profissionalismo com o qual esse jogo é jogado. Ora, se uma coisa podemos aprender com a vitoriosa história do Partido dos Trabalhadores, é que devemos reconhecer o poder do "hegemonismo". Pois, a mesma lógica que vale para esfera regional, serve para dinâmica local: time que não joga (com candidaturas e projetos próprios) não tem torcida!

SEPE e SINDPEFAETEC: Paralização 31/03/2010!

"PARALISAÇÃO DE 24 HORAS"
"31 DE MARÇO DE 2010"
"COM PASSEATA DA CANDELÁRIA À ALERJ. CONCENTRAÇÃO NA CANDELÁRIA ÀS 10 HORAS"
Esclarecimento do SINDPEFAETEC aos alunos e responsáveis. Os servidores da FAETEC realizarão uma paralisação de 24 horas no dia 31 de março e farão uma passeata da Candelária até a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em ato conjunto com o Sepe, em virtude do completo descaso do governo estadual para com os servidores públicos estaduais, que amargam vários anos de perdas salariais e não tem seus direitos respeitados. A FAETEC não faz concurso público para o ensino básico desde 2002, estamos sem Vale-Transporte também há 8 anos e o governador chorão Sergio Cabral Filho não se pronunciou até hoje sobre reajuste salarial para o funcionalismo público, apesar da inflação corroer nossos salários e os preços de todas as mercadorias aumentarem a cada dia ... O governo deu míseros 12% de reajuste salarial em 2007 e 2008, mas nossas perdas são muito maiores do que isso! Queremos 48% de reposição de perdas salariais! Queremos o pagamento dos nossos direitos trabalhistas! Por isso, vamos mostrar ao governo que não está tudo bem e que merecemos respeito! Desrespeitar o servidor público é desrespeitar a população, que utiliza os serviços públicos!"

segunda-feira, 29 de março de 2010

Lula e Dilma lançam PAC 2


O governo resolveu anunciar o quanto antes a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para dar o tempo necessário a prefeitos, governadores, ministérios e gestores públicos para que construam e preparem seus projetos e possam chegar embalados em 2011, data prevista para o início do programa.
Segundo explicou o presidente Lula durante o lançamento do PAC 2 nesta segunda-feira (29) em Brasília, a construção da engenharia financeira e burocrática de um programa dessa magnitude leva tempo, daí a necessidade de dar tempo para que os projetos sejam debatidos adequadamente. Só entre abril e junho serão discutidos mais de 10 mil projetos, afirmou Lula.
"Era necessário lançar o PAC 2 agora porque, até junho, o núcleo coordenador do PAC vai se reunir com prefeitos e governadores para que a gente comece a destrinchar cada coisa. Se não fizer isso agora, o próximo governo vai perder um ano para fazer", afirmou.
A idéia, segundo o presidente, é que o País tenha uma carteira de obras para ir tocando e possa começar a pensar em outras coisas necessárias ao País, em áreas importantes como educação e ciência e tecnologia. "É pensando quatro anos para frente é que a gente pode construir esse País mais rapidamente, afirmou Lula em seu discurso, lembrando que o último grande investimento planejado no Brasil em infraestrutura foi feito há mais de 20 anos, no governo Geisel. Só assim será possível para o Brasil entrar para o rol dos países desenvolvidos."Estamos dando o fôlego para que esse País possa pensar no futuro. (…) Não queremos exportar apenas suco de laranja ou minério de ferro, mas também o conhecimento do brasileiro".
Lula afirmou que, ao contrário do que muitos pensam, o final do seu governo será de ainda mais trabalho para quem ficar até 31 de dezembro de 2010. O presidente afirmou não estar contente com o que foi feito até agora e que tem obrigação de fazer mais. “Temos competência para fazer mais e o povo pobre precisa que façamos mais”, disse.
Ao lembrar que muitos ministros deixarão o governo nos próximo dias, deu o recado: quem ficar vai trabalhar o dobro. Na segunda-feira após o feriado da Semana Santa Lula pretende se reunir com todos os minitros – os novos e os que ficarem – para discutir a agenda de trabalho até o fim do ano.
Ao final de seu discurso, agradeceu o empenho da ministra Dilma Roussef (Casa Civil), bem como das assessoras Erenice Guerra e Miriam Belchior, na preparação do PAC 2. A ministra Dilma Roussef (Casa Civil) – a “mãe do PAC”, segundo o presidente Lula – se emocionou ao afirmar ter orgulho de fazer parte do governo Lula e lembrar que não há outro caminho hoje para o desenvolvimento brasileiro que não inclua a distribuição de renda.
"Esse é o Brasil que o senhor recuperou e construiu para todos nós, e que os brasileiros não deixarão mais escapar de suas mãos. O Brasil cresceu com o PAC e continuará a crescer com o PAC 2", disse a ministra.
Dilma afirmou que há muitos motivos para celebrar o PAC e que isso estava sendo feito hoje com o anúncio de mais trabalho. “Festejamos mostrando que o futuro é necessariamente momento de construção, trabalho e dedicação”, afirmou a ministra.
O PAC, disse ela, recuperou a capacidade do Estado brasileiro de planejar e investir, e assim mobilizou todos os ministérios num esforço coletivo sem precedentes, além de ter solidificado a parceria do setor público com o privado, além de revigorar o pacto federativo. O programa, afirmou Dilma, “incorpora a visão de estadista de nosso presidente, que enxerga o País muito além de seu governo”.
"Eu acredito que o PAC é uma herança bendita que vamos deixar para quem suceder nosso governo, com planejamento, projetos, recursos".
Fonte: Blog do Planalto

Nossa longa tradição Edílica

O zelo dos nossos vereadores campistas com o bem público já chamava atenção desde priscas eras, quando ainda éramos a Vila de São Salvador... não tínhamos ainda o casal garotinho e o garotinhismo disseminado na política e na sociedade de nossa planície.
Já no ano de 1785, o Capitão de Infantaria  Manoel Martinz do Couto Reys descrevia sucintamente a situação das Câmaras das Vila de São Salvador e Vila de São João da Barra:

"A sua política é a mais perniciosa, podendo nelas mais o respeito dos homens poderosos que o Zelo do bem publico (...). 
Nas eleições dos que hão de servir nos ofícios públicos, é aonde se conhece claramente o clandestino procedimento dos Senadores [vereadores], atendendo mais as paixões próprias, e interesse particular, que o adiantamento da Pátria; por essa causa é o seu ponto objetivo introduzir nos ditos ofícios as pessoas do seu séquito, sejam ou não capazes de exercitá-los, para que tendo as vantagens, possam melhor desempenhar os seus intentos e praticara as violências, que deterioram o comum da Sociedade. 
(...) Finalmente, são tantas as lesões que se conhecem nestas Câmaras, que para referí-las seria necessário formar um grande volume."
(Descrição "Geographica, Pulitica e Cronographica do Districto dos Campos dos Goaitacaz" (sic), 1785)

Se atualizássemos o vocabulário, talvez não precisasse de mais nenhum reparo... a não ser o do tamanho do  volume que deveria ser muito, muito maior do que o previsto pelo espantado Capitão.

domingo, 28 de março de 2010

CIDADE TRISTE

Por ocasião dos 175 anos da nossa cidade, trago a público parte de um oportuno e atual artigo (publicado no jornal A Cidade na década de 70) do saudoso escritor campista, Waldir Carvalho. Meu avô era adepto de um saudável bairrismo e gostava de defender algumas felizes tradições locais de outrora como a "exibição de nossas bandas de música em praça pública" quando "a gente sofrida, não sentia o aumento dos preços da alimentação, a alta das taxas de água, luz e dos próprios impostos cobrados pela Prefeitura". Portanto, o texto em questão reage ao abandono dessa tradição e, de modo mais amplo, critica a atitude de ambígua "vergonha" dos campistas perante seus costumes e o sistemático desinteresse do poder municipal pela qualidade de vida dos seus cidadãos.

"Cidade Triste

Os problemas para nós sempre existiram. Continuam existindo. Tudo sobe, há falta de dinheiro, e o pior há falta de trabalho. As dificuldades de hoje, quando a cidade cresce e a população, idem, se avolumam assustadoramente. E para acentuar ainda mais a tristeza, a amargura na planície, nos falta a música em praça pública, pelas ruas. Não há, sequer, retreta aos domingos, ainda que em lugar de dobrados e valsas, fosse tocada a 'música pop'. Não há nada disso. À noite, e aos domingos, não há mais razão para o campista sair de casa. A praça São Salvador é um vazio tremendo. A maioria das confeitarias permanece fechada. Com portas de aço descidas, o jardim sem ninguém, a praça sem coreto, sem música, sem alegria. Campos é mesmo uma cidade triste, cujo o povo parece passar por um grande desgosto.
Os governantes não sentem nada disso. Comparada a um boxer, a municipalidade é um verdadeiro contraste. Enquanto o pugilista só quer dar e nunca receber, a Prefeitura, pensa sempre em receber e, raramente em dar..."