sexta-feira, 17 de setembro de 2010

IBOPE: Dilma 51% X 25% Serra

Entrevista com a vereadora Odisséia Carvalho


O cenário político da cidade de Campos tem causado grande apreensão entre os que desejam a construção de uma alternativa de gestão para a cidade. Na iminência de eleições suplementares, surgem as especulações sobre definições partidárias, possíveis alianças que apontem para ruptura ou continuidade com as práticas políticas que prodominam há décadas na cidade. Estes foram os temas da entrevista feita pelo Núcleo Lenilson Chaves com a vereadora petista Odisséia Carvalho que falou também da sua atuação parlamentar, das relações do seu mandato com o PT e os movimentos sociais e da candidatura própria do PT para Prefeitura de Campos.

Núcleo: Qual é o balanço político que a vereadora faz do seu mandato até aqui?

Odisséia:Entendo que nosso mandato tem a cara do Partido dos Trabalhadores, por isso tem mantido uma postura ética, uma posição aguerrida em defesa da democracia e do controle social da gestão pública e de ampla abertura às demandas dos movimentos sociais. Essa foi a marca dos mandatos do PT que já passaram pela Câmara de Campos. Ivete Marins, Antônio Carlos Rangel, Renato Barbosa e que pretendemos desenvolver para dar conta dos desafios atuais da cidade.
Nos primeiros momentos do mandato buscamos intensificar os canais de comunicação com a sociedade e reforçar a presença dos movimentos sociais na Câmara. Para isso, investimos na realização de várias audiências públicas, para ouvirmos as diversas propostas e cobranças dos setores organizados da sociedade sobre temas decisivos para a cidade. Abordamos a destinação dos recursos dos royalties do petróleo e o controle social destes gastos. Debatemos a pedofilia e a situação da criança, do adolescente e da mulher na cidade, contando com a presença da Ministra Nilcéa Freire e assegurando a implantação da Delegacia da Mulher em Campos. Visando reforçar a colaboração entre o município e o governo federal, promovemos audiência sobre as obras do PAC na imensa rede de canais da Baixada Campista.
Com todas as dificuldades de fazer oposição sob governo do grupo de garotinho, conseguimos interferir na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Plano Plurianual. Essas intervenções buscavam atender demandas dos movimentos sindicais e sociais nas áreas de asssistência social, agricultura e pesca, petróleo, educação, trabalho e renda e habitação.
Como professora, tenho me dedicado às questões relacionadas à educação municipal. Estamos lutando para a valorização dos profissionais da educação. Conseguimos articular a aprovação do Plano de Cargos Carreira e Salário dos professores que, apesar de não ser o ideal, corrigiu algumas distorções salariais em relação ao tempo de serviço e à habilitação. Estas conquistas foram conseguidas com o apoio dos representantes do sindicato dos profissionais da educação (SEPE) no Conselho Municipal de Educação. Outro fato positivo foi a equiparação dos pedagogos e pedagogos-supervisores uma luta travada pelo SEPE desde 2003 e a regulamentação do cargo de supervisor na prefeitura. Mas ainda temos mais para avançar, incluindo os demais profissionais da educação. Além disso, temos o Plano Municipal de Educação que determina que no prazo de dois anos, a partir de 31 de dezembro de 2009, acontecerão eleições diretas para diretores nas escolas municipais. Projetos de lei, indicações legislativas e requerimentos já podem ser acessados no nosso blog blogdaodisseia.blogspot.com .

Núcleo: Como o seu mandato se relaciona com os diversos grupos que compõem o PT de Campos? De que forma um mandato a vereador pode contribuir para o fortalecimento do PT e para a construção de uma alternativa de poder para a cidade de Campos?

Odisséia: O partido se fortalece com o mandato e o mandato se fortalece com o partido. Não sou detentora do mandato e sim o partido e o povo que me elegeu. Se nosso mandato der certo é um ganho do partido, é importante levar nosso modo petista de governar para o mandato, como uma alternativa real para Campos. Como parlamentar e militante do Partido dos Trabalhadores respeito às diferenças de opinião entre grupos que compõem o partido e tenho procurado manter a interlocução com todos seja nas instâncias partidárias como o Diretório e a Executiva como no dia-a-dia do mandato. Todas as questões importantes relacionadas ao mandato, digo todas mesmo, sem exceção, são compartilhadas com os companheiros que tem estado dispostos a construir o mandato. Apesar de diferentes trajetórias apresentadas entre os grupos que formam o diretório municipal do PT, há uma grande concordância em relação ao futuro do PT em Campos e ao compromisso com a construção de uma alternativa de ruptura com o modelo político que predomina na sociedade. Cansamos dessa história de menos pior, queremos o melhor para nosso município. Desde a eleição do novo presidente essa interlocução dentro do próprio PT tem acontecido, é importante que o mandato cada vez mais nos aproxime e o partido se consolide, se fortaleça. Neste momento de eleições nacionais e estaduais, os companheiros ficam envolvidos e absorvidos em diferentes campanhas. Mas eu estou totalmente comprometida e me empenharei em buscar aproximar alguns setores partidários que podem colaborar mais e que são fundamentais para a formulação dessa alternativa.

Núcleo: Quais são as relações do seu mandato com os demais vereadores da nossa Câmara Municipal? Que tipo de compromissos o seu mandato assume com os demais parlamentares?

Odisséia: Dentro da Câmara temos uma bancada de oposição, formada por parlamentares de diferentes partidos. Não podemos nos isolar, a minha forma de atuar é todo tempo pautada pelo modo petista de fazer política, dentro dos meus princípios partidários. Desde a sua criação há trinta anos atrás, o Partido dos Trabalhadores já amadureceu muito e superou a idéia de fazer política para apenas marcar posição. Em algumas questões a atuação em bloco é fundamental, sem perder de vista a nossa independência e as nossas diferenças. Mas é preciso que fique claro que não há nenhum acordo eleitoral envolvido na formação deste bloco, trata-se da necessidade de apoio para aprovar ou barrar as iniciativas dos vereadores. Caminhar sozinho pode dar a impressão de independência mas é uma ilusão que é dissipada porque reduz, praticamente impossibilita a ação parlamentar.

Núcleo: Do seu ponto de vista qual deve ser o papel da Câmara de Vereadores frente a uma gestão municipal conduzida pelo "modo garotista de governar"?

Odisséia: O papel fundamental da Câmara seja qual for o prefeito ou prefeita é fiscalizar rigorosamente e propor leis pelo bem estar da população. Enfrentamos a maneira de fazer política do que tem sido chamado de “garotismo” sem medo do enfrentamento. A todo o momento tentam torpedear nosso mandato e nosso partido, e seria estranho se não fosse assim, agimos com posições políticas firmes como tem sido a atuação do PT em todas as esferas de poder. Como disse, para agir na Câmara, é preciso atuar com apoio. O projeto do PT é ampliar a sua representação na Câmara e assim fortalecer a atuação de parlamentares que estiverem comprometidos com a mudança e com o fim desta forma de governar que tem condenado à cidade aos péssimos níveis de desenvolvimento social e humano e aos altos índices de corrupção.

Núcleo: Na última eleição da Mesa Diretora da Câmara, a senhora foi eleita para o cargo de 2ª Secretária. Quais são as atribuições deste cargo e qual o significado político de ser ocupado por uma vereadora de oposição?

Odisséia: Foi fundamental quebrar a hegemonia do grupo político da prefeita cassada na composição da mesa diretora hoje temos dois vereadores de oposição e dois de situação na direção. O cargo de 2ª secretária me permite ter acesso a documentos e projetos mais facilmente, atuando de maneira mais ágil, me antecipando a algumas questões. Não considero que perca minha identidade, pois em várias cidades importantes o PT ocupa cargos nas mesas diretoras, é uma dinâmica normal na atuação parlamentar.

Núcleo: Alguns analistas políticos e, até mesmo, alguns militantes do PT manifestam abertamente dúvidas em relação ao compromisso da vereadora com uma candidatura própria do PT na possível eleição municipal extraordinária ou na de 2012. O que a senhora teria a comentar sobre essas dúvidas e desconfianças?

Odisséia: Sou candidata a disputar as prévias do PT para a prefeitura de Campos. Defendo intransigentemente a candidatura própria. Quanto às dúvidas e desconfianças quem as tem pode deixar de tê-las, não só para 2012, mas já nas eleições suplementares que devem acontecer ainda esse ano. Nestes momentos antes das definições dos candidatos dos demais partidos, surgem especulações e ocorrem muitos boatos maldosos. Por exemplo, recentemente plantaram o boato sobre uma possível ida minha para a Secretaria de Educação no governo de Nahim. Chegaram a divulgar isso em jornal, em blogs. Isto é uma sandice, absolutamente sem sentido. É o típico boato plantado por adversários, querendo confundir opiniões, gerar dúvidas e tirar proveito eleitoral. Já surgiram boatos que eu seria candidata a vice numa chapa com Marcos Bacellar na cabeça. Não há nenhuma chance disso acontecer. Mas isto é assim mesmo, faz parte do jogo político e mostra que os adversários estão preocupados. Estou preparada para deixar claro para a população o nosso compromisso com uma nova forma de governar a cidade. Sou candidatíssima.

Núcleo: Quais seriam os possíveis aliados do PT no caso de uma eleição extraordinária ou das eleições municipais de 2012?

Odisséia: Temos conversados com vários partidos que estão dispostos a romper com a forma de governar estabelecida por Garotinho e seus seguidores. Os partidos que hoje fazem parte da iniciativa que foi chamada de Frente Democrática que têm pensado alternativas para a gestão municipal, que querem que o município seja administrado de forma ética e democrática. Embora o movimento não seja exclusivamente partidário, o compromisso já aponta para a formação de uma nova governança. As conversas mais decisivas ficam aguardando a conclusão das eleições nacionais e estaduais porque esses partidos tem candidatos que estão em plena campanha. Mesmo que não aconteça uma aliança formal em torno de alguma candidatura, já firmamos o nosso compromisso inicial de lutar pela superação desta forma governar nociva que é representada pela grupo de Garotinho. O nosso compromisso é com transformação de Campos numa cidade que valorize a sua população, que fortaleça a criação de emprego, cuide de seus graves problemas ambientais e dos seus escandalosos índices sociais. Lutamos por uma cidade mais justa e bela que recupere a estima do campista e crie esperança para as crianças e para a juventude.

Aécio e a socialdemocracia petista







"Aécio deixará o PSDB - Ex-governador de Minas Gerais pretende fundar um novo partido e comandar uma oposição moderada
Com esta manchete de capa a revista Carta Capital (veja aqui) mostra a hemorragia interna das hostes tucanas. Há tempos Aécio faz os seus gestos de insatisfação com a linha política golpista adotada pelo PSDB e que atinge os seus ápices nas campanhas eleitorais. No vislumbre mais favorável, Aécio capitaniaria a construção de uma oposição democrática e aprofundaria a desidratação dos Tucanos. Fortalecimento da Democracia e um cenário e consolidação da "socialdemocracia" que já foi imaginado aproximando setores do PT, sob a liderança tucana. 

Este otimismo latente me recorda um debate sob eleição presidencial, realizado no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, em 1994. Franciso Weffort, representando a candidatura Lula e o PT, entusiasmado, atribuindo um avanço democrático ao papel central desempenhado pelo PT e  PSDB, simbolizados pelo líder sindical e pelo intelectual.

Naquela ocasião, o grande defensor do PT e da candidatura Lula foi o representante da "ciência política", Wanderley Guilherme dos Santos. Para o cientista político, Lula seria mais do que um símbolo, seria um estadista. Liderou o mais significativo movimento de trabalhadores da História do Brasil em plena ditadura militar, organizou a combativa   Central Única dos Trabalhadores e o maior partido de massas da América Latina o PT. Para o empolgado professor Lula seria já um exemplo de "Grande Estadista".  

A sequência, todos conhecem. Oito anos de aliança DemoTucana, agenda neoliberal, o perverso instituto da reeleição... até a eleição de Lula e as dificuldades de composição de maioria no Congresso, o aprendizado político do PT, a campanha acirrada da imprensa golpista e a avassaladora aprovação popular do Governo Lula.

Hoje, o PSDB opta pelo raivoso udenismo golpista. Dilma a caminho de ser eleita. Uma incipiente oposição, renovada e democrática. E a política brasileira reinaugurando a "socialdemocracia" sob a batuta de um nordestino, operário, líder sindical, "mito" e grande estadista, reconhecido pelo mundo.

Núcleo do humor


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

DIAP: PT fará a maior bancada da Câmara dos Deputados




O PT deve eleger a maior bancada dos deputados na eleição de 3 de outubro, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) concluído ontem (15). De acordo com a pesquisa, o Partido dos Trabalhadores deve eleger o mínimo de 85 e o máximo de 110 deputados. A previsão para o PMDB situa no intervalo entre 70 e 100 deputados.A eleição da bancada majoritária, se for confirmada, assegura ao PT a eleição do futuro presidente da Câmara dos Deputados. Já para o Senado, a previsão é de que o PMDB faça a maior bancada.
O Diap prevê que a bancada do PT não apenas será a maior, como também mais coesa. É o que indica o perfil dos deputados que devem ser eleitos, muitos com passagens por governos municipais e estaduais.
Majoritário na Câmara e talvez com a segunda maior bancada do Senado, o PT será um partido estratégico no próximo Congresso, "seja para a sustentação de um eventual governo Dilma Rousseff, como parece mais provável, seja na liderança da oposição, se o tucano José Serra vencer a eleição presidencial", diz Antônio Augusto Queiroz, diretor de documentação do Diap.
A oposição sairá enfraquecida das próximas eleições, segundo as projeções do Diap. O PSDB, que em 2006 elegeu 66 deputados e atualmente conta com uma bancada de 59, está em situação melhor que o Democratas e deve eleger um mínimo de 55 e um máximo de 70 deputados. O DEM, que na eleição passada elegeu 65 e atualmente está com 56 deputados, deve eleger um mínimo de 38 e o máximo de 53 deputados, segundo o Diap.
"A metodologia adotada, com intervalo entre um número mínimo e máximo de vagas por partido, decorre, entre outros, de dois aspectos: as coligações e o quociente eleitoral, que pode alterar significativamente o desempenho eleitoral das bancadas", explicou Antônio Augusto Queiroz. "Os partidos coligados podem ganhar ou perder vagas para seus parceiros e a exigência de quociente eleitoral pode deixar fora da Câmara candidatos com excelente desempenho mas o partido não ultrapassou a cláusula de barreira".
A pesquisa do Diap não descarta a hipótese de o PMDB fazer a maior bancada na Câmara, mas se isso ocorrer será por uma diferença mínima. Na campanha de Dilma o cálculo é que o PT deve crescer nos grandes centros eleitorais, como São Paulo.
www.pt.org.br e Valor Econômico

Fato consumado




Por Ricardo Guedes

Caro Nassif,
Esta é uma eleição tecnicamente decidida, seja em 1º turno, seja em 2º turno, provavelmente no 1º turno. Dilma tem 58% dos votos válidos, e José Serra atinge 41% de rejeição, o que impossibilita a sua eleição. De 100% do eleitorado total, 20% tradicionalmente vão para abstenção, brancos e nulos, restando 80% do eleitorado. Se dividirmos 80% por 2, temos então 40%, e todo candidato com rejeição de 40% ou mais não se elege em 2º turno.
Adicionalmente, 73% do eleitorado total já está hoje definido, e declara que "não vai mudar o voto de jeito nenhum". No 1º turno das eleições presidenciais de 2006, tivemos 24% de abstenção, brancos e nulos, ou seja, a definição de voto chegou á 76% do eleitorado, percentual muito próximo dos 73% já atualmente definidos. Dos 12,4% adicionais que declaram ter tendência por algum candidato, mas ainda sem a definição do voto, somente 1,5% dizem que podem alterar a escolha em caso de comprovação de inidoneidade do seu candidato devido a denúncias.
O brasileiro, dentro do pacto central do tipo social democrata europeu que se formou no Brasil a partir de 2002, vota da continuidade das políticas econômicas e sociais do Governo Lula através de Dilma Rousseff. É o PIB de 500 bilhões para 1 trilhão e 500 bilhões de dólares em 8 anos, reservas cambiais de 35 para 250 bilhões de dólares, salário mínimo de 80 para 280 dólares, índice de GINI de distribuição de renda melhorando de 0,58 para 0,52, 30 milhões de pessoas que saem das classes pobres para as classes médias, 10 milhões de pessoas que saem fisicamente das favelas.
E com um programa eleitoral e desempenho em debates nitidamente superior de Dilma Rousseff em relação a José Serra.


Vitaminados!

Em que pese umas quatro ou cinco páginas golpistas na seção de política/ eleições, a última edição dominical d'O GLOBO trouxe boas notícias para alguns de nossos candidatos.
Conforme destacou ontem o Roberto Moraes em seu prestigiado blog, o Deputado Federal Chico D'Angelo recebeu apoio maciço de mais de 40 lideranças entre os médicos do RJ (clique aqui para ler post) em manifesto mandado publicar no matutino.
Já nosso candidato ao Senado, Lindberg, em momento de franca ascensão, faturou a seguinte declaração da cientista política Argelina Cheibub Figueiredo, na página 19, falando sobre o Senado e os atuais candidatos no RJ em entrevista ao jornal:

"(...) Acho que eles (os candidatos) tem (perfil) muito local. Não vejo muito Picciani, César Maia e Crivella como senadores. Talvez o Lindberg pela experiência que já tem como parlamentar na Câmara(...)"

Última Datafolha: Dilma sobe para 51% x Serra mantém 27%

Refrescando a memória!

Na noite da última terça-feira um ilustre membro da equipe deste blog me alertou: "alguma memória é melhor que nenhuma memória!"
Bem, ainda que no contexto do caso em questão - que não vem ao caso - eu discordasse do efeito prático de sua observação, é inegável a lógica de seu argumento.
Pois bem, o principal mote da campanha de Serra nos últimos dias sinaliza o contrário: os tucanos são totalmente desmemoriados, do contrário são descaradamente cínicos!
Senão vejamos, o sítio do candidato destacou ontem a sua seguinte declaração:

"José Serra participou na tarde desta quarta-feira (15) da tradicional procissão de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, no Ceará, e anunciou que vai elevar o salário mínimo para R$ 600 já a partir de janeiro de 2011. Para isso, vai promover 'uma rearrumação geral das contas e corte de gordura'.
Serra ressaltou que, como economista, já fez estudos que revelam a viabilidade de se assegurar um aumento maior do salário mínimo acima do proposto pelo governo federal para 2011(...)
"

Uma pena que enquanto ministro de Estado nosso "economista" não tenha apresentado tais estudos a FHC ao longo de seu governo, quando o salário mínimo jamais ultrapassou o patamar de cem dólares, então referência das reivindicações do PT e da CUT.
Refrescando a memória: em 2002 - um mês antes da eleição de LULA contra o então candidato do governo, Serra - US$ 1,00 valia R$ 3,60, e o mínimo era de R$ 200,00, ou seja, o salário mínimo do PSDB de Serra era de menos de US$ 56,00.
Hoje, o novamente candidato tucano, agora na oposição, propõe enfaticamente um mínimo de R$ 600,00, aproximadamente US$ 350,00, quase sete vezes o mínimo de FHC!
Ah, vale ressaltar que, demagogia à parte, os fatos registram o seguinte: LULA elevou o salário mínimo de US$ 56,00 para algo em torno de US$ 296,00!

Não sou economista. Logo, esse post está sujeito a contestações dos especialistas na área e acata humildemente reparos nesse sentido, mas as contas e estudos do Professor, dublê de ex-ministro e presidenciável me parecem muito estranhas!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jogou a toalha?

O desespero dos demotucanos está a produzir pérolas inacreditáveis e até divertidas na campanha eleitoral nesta reta final!
Agora há pouco, no horário eleitoral gratuito, o mineiro mais carioca do Rio - ou de BH? - Aécio Neves, logo ele que parece ser o menos insensato da sua turma, apareceu no programa do RJ pedindo votos para o "demo" César Maia. Até aí tudo bem. O detalhe foi o argumento: "o próximo Senado Federal precisa ser independente do Executivo" e César Maia tem esse perfil!
Ou eu muito me engano, ou nosso galã das alterosas - que já colhe os frutos da chapa Dilmasia para manter sob sua influência o governo de MG - já entrega os pontos e dá como certa a eleição da petista. O que será que Serra está achando disso?

Fala Zé Dirceu!


Dilma e o PT: “A eleição da Dilma é mais importante do que a eleição do Lula, porque é a eleição do projeto político, porque a Dilma nos representa. A Dilma não era uma liderança que tinha uma grande expressão popular, eleitoral, uma raiz histórica no país, como o Lula foi criando [...]. Então, ela é a expressão do projeto político. [...] Independentemente de nós termos essa coalizão [partidária], o PT é a base dela”.

Futuro do partido: “O PT teve 17% de votos em 2002/2006 para a Câmara, [...] vai ter agora 21%, 23%, eu espero, tudo indica. Tem que ter 33% em 2014. O PT tem que se renovar, tem que abrir o PT para a juventude”.

Estratégia da ‘direita’: “Quem pode ter poder? Primeiro, o poder econômico. [...] As Forças Armadas estão, hoje, profissionalizadas. O poder econômico se aliou com qual poder? Com a mídia. E qual é o poder que pode se contrapor ao poder econômico e ao poder da mídia no Brasil? É o poder político...”

Corrupção: Os “graves problemas de nosso sistema político, problema de caixa dois, [...] de corrupção que tem na administração pública, em grande parte para financiar campanha eleitoral, porque o sistema está apoiado nisso, no poder econômico. [...] Campanha de presidente é R$ 200 milhões, R$ 300 milhões. Ora, quem vai financiar isso? As pessoas físicas? Não, as empresas. Aí começa: nomeação dirigida, licitação dirigida, emenda dirigida, superfaturamento, tráfico de influência. Não é que vai acabar, mas o financiamento público, o voto em lista... Nós temos que repensar o sistema político brasileiro”.

Reformas: “As outras reformas, a tributária, a democratização dos meios de comunicação, o problema da terra, das Forças Armadas, que são questões que não estão equacionadas no Brasil ainda hoje, elas dependem da nossa maioria, depende do país se consolidar porque o país só resolve problemas quando são maduros”.

Aliança mídia-oposição: “Eles estão preparando a agenda deles para o primeiro ano de governo. [...] O governo sempre é disputado. [...] Com o apoio da imprensa, eles [da oposição] tentam tomar a opinião pública, forçando determinadas definições ou tentar impedir que nós apliquemos determinadas políticas. Ou paralisando no Congresso ou criando um clima na sociedade contrário...”

Núcleo da cidadania


Os militantes do Núcleo Lenilson Chaves Fábio Siqueira e Norma Dias na versão 2010 da parada gay campista, desta vez realizada em Guarus, manifestando apoio dos mandatos de Chico D'Angelo e Carlos Minc ao ato em defesa dos direitos civis!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Vai encarar?




FHC declarou hoje: "Faltou quem freasse o Mussolini. Alguém tem que parar o Lula". Acho que ex-intelectual ou "pseudo-intelectual miolo mole" deve medir suas sinistras e golpistas palavras. Ou será que vai encarar o Presidente que tem aprovação pessoal de 81,4% e de Governo de 78,4%? Na verdade, FFHH fala somente para àqueles que governou: a minoria cínica e ideologicamente reacionária dos brasileiros que reprova o Governo Lula! Só para reavivar a memória confira lá em cima a média dos índices de aprovação de Lula e FFHH.


Núcleo do Humor

Ainda faltam 20 dias para o "gran finale" das eleições. Durante este período, as balas de prata vão estar sobrevoando nossas cabeças e o incompetente império midiático vai vociferar ainda mais contra tudo e todos. Também já estou sem paciência de ler qualquer coisa dessas reportagens infundadas e também saber que Tiririca é o grande cotado para ser deputado. A baixaria já era esperada.
Logo, enquando esperamos, nada melhor que uma dose de humor para relaxar. Do blog metal cadente.

Pesquisa Sensus confirma: Dilma vence no 1º turno



Pesquisa CNT/Sensus de hoje (14/09): Dilma 50,5% X Serra 26,4%
Pesquisa CNT/Sensus divulgada na manhã desta terça-feira (14) indica a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com 50,5% das intenções de voto, contra 26,4% de José Serra (PSDB).
Em terceiro lugar, aparece a senadora Marina Silva (PV) com 8,9% das intenções de voto. Brancos, nulos e indecisos totalizam 12,6% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou menos.
No último levantamento, divulgado em 24 de agosto, a candidata petista tinha 46% das intenções de voto, contra 28,1% de José Serra. A senadora Marina Silva aparecia com 8,1%. Votos em branco, nulos e indecisos somam 16,8%.

Segundo turno
Na simulação de segundo turno, a candidata petista apresenta 55,5% e Serra com 32,9%. Brancos, nulos e indecisos somam 11,6%.
Na pesquisa espontânea, quando não são indicados nomes de candidatos aos entrevistados, Dilma aparece com 44,3% das intenções de votos, contra 23% de Serra e 7,1% de Marina Silva. Brancos, nulos e indecisos representam 12,7%.
Com relação à rejeição aos presidenciáveis, 29,4% dos entrevistados indicaram que nunca votariam em Dilma Rousseff, já 41,3% disseram que não votariam em Serra e 45% declararam que nunca dariam seu voto a Marina Silva.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Lula encara a direita: “Vou pras ruas enfrentá-los e derrotá-los".






Na empolgação do comício da campanha de Dilma na noite de hoje (13/09), realizado em Santa Catarina, o Presidente "partiu pra cima" de nossos inimigos ideológicos e representantes formais do atraso nacional. Confira a seguir as passagens mais contundentes:

“Nós precisamos extirpar o DEM da política brasileira”.

“Não quero crer que esse povo extraordinário de Santa Catarina vá pensar em colocar no governo alguém de um partido que alimenta ódio...”

“...Alguém de um partido que entrou na Justiça para acabar com Prouni, como o DEM entrou...”

“...Nós já aprendemos demais, já sa sabemos quem são os Bornhausen. Eles não podem vir disfarçados carneiros. Já conhecemos as histórias deles”.

“É a mesma direita que articulou e levou o Getulio Vargas a dar um tiro no coração, a mesma direita que levou o João Goulart a renunciar...”

“É a mesma direita que disse que Juscelino Kubitschek não podia ganhar, se ganhasse não tomava posse e se tomasse posse não ia governar...”

“...Essa mesma direita tentou fazer o mesmo comigo em 2005. E não fez porque eu tinha ingrediente a mais. Eu tinha vocês. Eles nunca tinham lidado com um presidente que tinha nascido no berço da classe oporária desse país”.

“Quando eles queriam que eu ficasse em Brasília ouvindo o discurso deles, eu disse pra Dilma: fique em Brasília que eu vou pras ruas enfrentá-los”.

“Vou pras ruas enfrentá-los e derrotá-los, como estamos fazendo agora nesse momento”.