sábado, 12 de junho de 2010

"O grande partido da democracia brasileira"



Na semana em que foi definitivamente "enquadrado" e teve adiado o sonho de se tornar Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel concedeu interessante entrevista ao O Globo (12/06/2010). Apesar das feridas para "lamber", ex-prefeito de Belo Horizonte e candidato ao Senado se mostrou convicto do caráter estratégico da aliança PT-PMDB e confiante no processo histórico de renovação do Partido dos Trabalhadores. Confira a seguir o teor de seu discurso:

"Acho que o que está acontecendo é um processo de renovação do PT. O que é salutar e compartilhado por todas as lideranças lúcidas e responsáveis do partido. O que chamo de renovação? Um partido que está se tornando o grande partido da democracia brasileira. Não é mais o partido criado a 30 anos com o viés estreito do ponto de vista ideológico, porém necessário naquele momento. Hoje temos uma democracia sólida. Temos que ser o partido da nova classe média, da classe C que está vindo para a cidadania agora, que representa o que alguns analistas chamam de lulismo, o que não acho que é assim porque não tem culto à personalidade, mas é um sentimento de participação político que precisa ter um canal partidário. O PT tem de se preparar para ser esse canal.
(...)
Desde o início, o partido todo sabia que havia um acordo com o PMDB. (...) que vau marchar conosco na eleição nacional, nos dar seu tempo de TV e o candidato a vice na chapa de Dilma. Em troca disso, flexibilizaríamos, como estamos flexibilizando, a nossa posição em todos os estados onde o PMDB tivesse candidatos competitivos, como Hélio Costa em Minas. Evidentemente que a militância do PT, embora entenda e aceite, lutou para que eu também, já que disputei as prévias e ganhei do Patrus, fosse competitivo.
(...)
O PT novo é o PT que que faz alianças e convive com a realidade política brasileira, buscando tranformá-la (...). Não somos mais um partido que coloca a ideologia como uma máscara, como óculos escuros para não enxergar a realidade política. Não!
(...)
O PT tem hoje 25% da chamada preferência partidária, espontaneamente. O PMDB, 7%, e o PSDB, 5%. Isso é uma coisa fantástica. Como dizer que está enfraquecido? PT fica cada vez mais forte no pensamento dos que se interessam por política. O PT é um pártido muito forte.

(...) Foi construindo isso ao longo dos 30 anos e foi se tornando cada vez mais um partido próximo do Brasil real."

2 comentários:

douglas da mata disse...

Assunto encerrado. Embora debate tenha que permanecer, sempre.

Um abraço.

Anônimo disse...

Etapas...
01- Rosinha será CASSADA;
02- Não querem que Nahim assuma. Medos:
2.1- Ele pode desejar uma carreira solo;
2.2- O "clone" vir à tona.
03- Estão lutando para que um juiz assuma a PMCG;
04- Querem a eleição para 60 dias;
05- Lançarão o deputado quitute a prefeito.
Estão deseperados.