E não há nada demais, se deixassem isso claro ao seu leitor, e não procurassem revestir de verdade absoluta a versão que imprimem aos fatos.
Feito esse reparo, analisemos a manchete da página eletrônica do jornal.
Ali, está clara a manipulação da informação, para formar um juízo de que o STF é quem decidirá a questão.
Pode ser, mas há outras etapas que o jornal, sabe-se lá, por desconhecimento, ou propositalmente, sonega ao seu público.
O processo legislativo não se esgotou, pois ainda restam a aprovação no Senado, o veto, e a votação sobre esse veto presidencial.
Só aí, depois de cumpridos esses trâmites, é que o STF poderá excluir(ou não)o diploma legal de nosso ordenamento.
Mas qual seria o interesse do jornal em "esquecer" informações tão importantes?
Essa versão dos fatos privilegia uma estratégia que foi adotada pelo deputado federal, Geraldo Pudim, que impetrou mandado de segurança junto a Corte Suprema, para sustar o processo legislativo, com pedido liminar, o que foi negado pela ministra Ellen Gracie.
Logo, ao "forçar a barra" nesse sentido, procura esvaziar um fato: Há grande chance de que o veto encerre a questão, o que, de certa forma, esvaziaria o movimento de mobilização do qual o Deputado e a Prefeita tentam "tirar uma casquinha", por motivos distintos: A prefeita que dar coesão a seu governo(perdido e aturdido), e o deputado, um palanque que lhe garanta alguns votos.
Veja que nada disso é ilegítimo. O jogo é para ser jogado. O problema é a "cortina de fumaça", que ao dissipar-se dá a impressão a audiência de que foi enganada.
Daí, a crise de legitimidade, e o eterno sentimento de desconfiança que enfrentam.
Leiam a manchete:
HOJE
Campos dos Goytacazes, quinta-feira, 11 de março de 2010
Um comentário:
O eventual veto presidencial poderá não ser suficiente na medida em que o Congresso pode derrubá-lo. No que tange ao mandado de segurança, com o indeferimento da liminar e a proximidade da aprovação da emenda perdeu, o mesmo, o seu objeto. Resta a última e, ao meu ver, a mais eficiente medida, qual seja, a AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE da lei, caso aprovada. Nesse ponto, não teriam os parlamentares, de forma individual, legitimidade para mesma. Entendo que as mobilizações deveriam se concentrar desde já na propositura desta ADIN. O Governador de Estado tem essa legitimidade e poderiamos ter coesão de força, com breve mitigação das divergências partidárias. As autoridades consituidas desse país, sobretudo os parlamentares já têm dimensão das consequências. Portanto, manifestações como a da BR 101 se revestem de esterilidade. O foco deve ser a futura ADIN. O ministro Gilmar Mendes já acenou com a existência de precedentes favoráveis no STF. O Lula, ao que parece se mostra favorável aos Estados que saem perdendo, o que é um indicativo de que a AGU tb opinará a favor ....
Postar um comentário