Esse post segue com 24 horas de atraso - foi inviabilizado pela ineficiência e desrespaito da Ampla (que deixou minha residência mais de 12 horas sem energia elétrica) com o consumidor.
Mas, de volta ao assunto, na reunião do Diretório Municipal do PT agora há pouco me animei a fazer o registro, ainda que tardio.
Para além dos aspectos sérios e graves sobre o debate que envolve a "emenda Ibsen", muito bem registrados aqui - modéstia à parte - e no blog do Roberto Moraes, não dá pra deixar de fazer uma análise simbólica da pantomima que foi a votação na noite de ontem na Câmara Federal.
Uma triste e cínica constatação dos casuísmos e da mentalidade eleitoreira e demagógica que, infelizmente, move a maioria dos políticos brasileiros.
E aos parlamentares se juntaram dezenas de Prefeitos que, sem o menor decoro, ocuparam as galerias da Casa com um comportamento debochado e agressivo que costuma ser observado em manifestações do mais impulsivo movimento estudantil. Vaias e atitudes desrespeitosas - como ficarem de costas para o pronunciamento do líder do governo, Candido Vaccarezza (PT-SP) - marcaram a "irreverente" manifestação de governantes de quem se esperava mais compostura. Extravazaram sua alegria pela expectativa, ainda que improvável, de mamar nas tetas do ouro negro. Adularam e aplaudiram outros tantos pândegos, parlamentares oportunistas, sem qualquer compromisso com a realidade e com a justiça. Ávidos por agradar os tais Prefeitos, que lhes prometem samburás de votos ali em outubro.
Pacto federativo, justiça, Constituição? Nada disso importa. O dia era de festa. Festa da "partilha" entre a maioria totalitária e da mais brusca mudança de realidade para outros entes federados. "Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro!"
Festa da democracia? Não! Festa do ódio e da intolerância. Nenhum sinal de solidariedade...
Num ano eleitoral, a maioria dos deputados "jogou pra galera", confiante na contrapartida eleitoreira dos Prefeitos. E esses? O que os move? O triste espetáculo que assistimos ontem, o acirramento e desqualificação dos debates, é sinal de que, talvez, na gestão dos royalties até aqui pagos aos Estados/Municípios produtores, muitos deles exerceriam o mesmo papel, caracterizado pela ausência de critérios e transparência na aplicação dos royalties, observado em municípios desta região.
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