Sobre a polêmica instalada hoje na primeira página de matutino local e desdobrada nos posts abaixo, este colaborador manifesta aqui sua modesta opinião. Concordo com a prudência manifesta pela Vereadora Odisséia (PT) e pelo Vereador Abdu Neme (PSB) no sentido de uma audiência pública e de amplo debate preliminar sobre a oportunidade da instalação de uma CPI para discutir a aplicação dos royalties do petróleo neste município nos últimos quinze anos.
É bom lembrar aqui que outras CPIs que ocorreram ou foram propostas no último ano não tiveram resultado satisfatório no que se refere a maiores esclarecimentos sobre episódios político-administrativos que permanecem nebulosos para nossa sociedade. Isso, possivelmente, foi resultado de acordos políticos firmados naquela Casa de Leis por interesse da maioria dos parlamentares. A reedição desta articulação frustaria de véspera os propósitos mais justos da proposta de nossa Vereadora.
Assim, não há "refugo" algum na posição manifestada por Odisséia na sessão de ontem, conforme tentou caracterizar a Folha da Manhã em sua edição de hoje. Tampouco cabe refutar o argumento - que o jornal tentou questionar - de que não há fato pontual a justificar a instalação da CPI especificamente neste momento. Esta comisão teria um caráter histórico, e motivação notadamente política em função da emenda votada neste momento no plenário da Câmara Federal.
Não obstante a coerência de Odisséia com a proposta lançada por ela na edição de sábado do mesmo jornal, ratificada na nota reproduzida no post abaixo, a posição da parlamentar petista na sessão de ontem da Câmara deve ser saudada como gesto de maturidade e sensatez. A quem exerce sua função pública com equilíbrio e responsabilidade não cabe o açodamento e o casuísmo que eventualmente estejam por trás de obscuros interesses empresariais ou editoriais.
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