Termina com fogos de artifício, que ecoaram na tarde de hoje nas proximidades do Centro administrativo da Prefeitura, a semana em que esquentou o debate entre as bancadas governistas e de oposição no Legislativo local, em função da falta de transparência na gestão da Prefeita Rosinha.
A Prefeita, que ameaçou Veradores(as) de oposição com processos no início da semana, numa reação a sua incapacidade de informar à sociedade aspectos relevantes - e obscuros - de seu governo, ocupa agora a mídia nacional na condição de ré condenada e cassada em seu mandato.
Contudo, o velho ditado que diz "prudência e caldo de galinha nunca são demais" deveria ser lembrado pelos fogueteiros reais e virtuais, para melhor análise das consequencias imediatas da decisão para a política local, sem entrar no mérito da condenação imposta à Prefeita pelo TSE. O fato é que a decisão de ontem parece ter mais consequencias para o pleito de outubro, do que para a sucessão municipal. Garotinho sim, hoje está inelegível, e tem alguns prazos exíguos para tentar reverter a situação. Não é à toa que já correu a público com sua velha cantilena de eterna "vítma de perseguições". Arnaldo Vianna (PDT-RJ), apontado como principal candidato à sucessão de Rosinha em qualquer circunstância se fizesse mais de 60 mil votos no próximo pleito por um experiente analista político com quem conversei nesta semana, também foi condenado em outro processo pelo mesmo TRE e está temporariamente sem condições de buscar a reeleição - ainda que tenha experiência em concorrer inelegível!
Quanto ao afastamento da Prefeita e a marcação de um novo pleito para o executivo local - que seria o quarto em seis anos, algo temerário para a estabilidade democrática ao criar um calendário alternativo no "tapetão", paralelo aos resultados eleitorais, goste-se deles ou não - a experiência recente mostra que não devemos ter muitas expectativas quanto a celeridade no processo. A Prefeita tem o conforto de recorrer no exercício do cargo, o recurso funcionando automaticamente como efeito supensivo até a decisão do TSE. Outros prefeitos do RJ e da região condenados e "cassados" no ano passado recorreram e continuam plácidos e aparentemente estáveis em seus cargos. Apesar da decisão apertada no TRE (4 a 3) e da decisão diferente na primeira instância, é possível que, de fato, venhamos a ter no TSE a confirmação de novo pleito local, como em 2006. Mas, ao contrário de uma anônima "Mãe Diná" que anda plantando suas especulações ou "informações de cocheira" na blogosfera campista - veja aqui - creio a princípio que esse possível reflexo da decisão da tarde de ontem não deve ter efeitos tão imediatos.
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