sexta-feira, 28 de maio de 2010

Democratização do acesso à internet


O custo do acesso à internet no Brasil ainda é um empecilho à democratização da rede no país, mesmo para alguns setores da classe média e muito mais ainda para as camadas mais pobres da população que até conseguem comprar um computador,com a ampliação do crédito e do poder de compra ocorridos nos últimos anos.

Trabalho numa escola pública e muitos dos meus alunos que procuram o Laboratório de Informática Educativa têm computador e impressora em casa, no entanto os pais não podem arcar com os custos de internet.

Pensando nisso o Governo Federal anunciou o Plano Nacional de Banda Larga, que promete oferecer acesso de velocidade a um custo bem abaixo do que encontramos hoje. Reproduzo aqui um texto sobre o assunto que encontrei no Dilma na Web.

O DESAFIO DE TER INTERNET RÁPIDA E BARATA

O recém-aprovado Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) prevê que, até 2014, a metade dos domicílios brasileiros tenha acesso a internet de alta velocidade. O caminho para o cumprimento da meta é baixar muito o preço e ampliar, em dez vezes, a velocidade mínima ofertada nos dias de hoje, que só chega a 21% das casas no País.

“O governo acerta muito em colocar o preço da internet baixo. Muitos brasileiros poderão se beneficiar com a banda larga barata, outras camadas da sociedade terão acesso à informação”, afirma o presidente da ONG Laboratório Brasileiro de Cultura Digital, Cláudio Prado.

O PNBL estima que os preços estarão entre R$ 29 e R$ 35 por mês para internet com velocidade de até 784 kbps e entre R$ 10 e R$ 15 para velocidade de 512 kbps. Hoje em dia, as empresas privadas cobram por um plano para internet com velocidade menor que 256 kbps, em média, R$ 49.

Críticos do PNBL questionam que o pacote mais barato oferecido, ao custo de R$ 10 por mês, ofereceria acesso com velocidade de apenas 512 Kbps, sem considerar que, entre os brasileiros que têm acesso à internet, nas classes mais favorecidas, 36% possuem pacotes que oferecem velocidade menor do que essa.

“Poderíamos fazer um discurso fácil e dizer que começaríamos direto com três mega por consumidor individual de internet sem fio, mas isso seria falso e os custos seriam outros", explica o coordenador dos programas de inclusão digital do governo federal, Cesar Alvarez.

Na China e na Argentina, por exemplo, a tarifa atual é de cerca US$ 10, o equivalente a R$ 18, quase o dobro do que o proposto pelo governo brasileiro. “No meu ponto de vista, a banda larga brasileira é uma das mais caras do mundo. Com o PNBL, esta realidade vai mudar”, projeta Cláudio Prado.

Até dezembro, já será implantada a infraestrutura principal da rede em 15 capitais do Nordeste, Sudeste e no Distrito Federal. Além disso, serão implantadas ligações de tronco em 100 cidades, oferecendo acesso a pontos de internet em órgãos do governo, com prioridade para saúde, educação e segurança.

Até 2014, a rede chegará em todas as capitais, atingindo 100% das escolas públicas, unidades de saúde (177 mil), bibliotecas públicas (10 mil) e órgãos de segurança pública (14 mil). Para tanto, será necessário investir R$ 13,2 bilhões, incluindo desonerações de impostos, investimento em pesquisa, capitalização da Telebrás e financiamentos pelo BNDES, o que dá ao PNBL o status de maior projeto de inclusão digital em andamento no mundo inteiro.

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