O cálculo estratégico de Obama para garantir sobrevida política frente ao conservadorismo histérico do eleitor médio norte-americano, envolve a possibilidade de compensar o custo eleitoral imediato da surpeendente impopularidade da reforma da saúde (que deve ser aferida nas eleições parlamentares próximas) com os benefícios progressivos da nova lei. Enquanto observamos esse desenrolar histórico, repercutimos algumas narrativas privilegiadas. Esse é caso do articulista David E. Sanger (N. Y. T/F. de S. Paulo; 23/03/2010):
"Uma grande vitória. Mas a que custo?
A aprovação da reforma da saúde garante, não importa qual seja o custo, que Barack Obama ganhará lugar na história como um dos poucos presidentes a encontrar uma maneira de reformular o sistema de bem-estar social dos EUA. (...)
Obama pagou um preço alto por essa lição de governo. Quase foi derrotado no debate sobre a reforma da saúde e só conseguiu garantir a vitória depois de adiar praticamente todas as suas demais prioridades e de defender a causa com um estilo passional que não exibia desde a campanha eleitoral. O argumento vitorioso, por fim, foi de que embora o resultado político possa ser adverso para ele e outros democratas, reformular o sistema de saúde era uma pedra fundamental de seu credo quanto a uma 'mudança na qual se pode acreditar'. "
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