sexta-feira, 9 de julho de 2010

O lacaio da direita



Roberto Freire foi dirigente do histórico PCB, hoje é o "coronel" pigmeu que manda nessa legenda ideologicamente inexpressiva e eleitoralmente decadente (refúgio para todo tipo de oportunistas) que é o PPS. O elo mais fraco da "correia de transmissão" da direita brasileira. Pois bem, esse ressentido pós-comunista pseudogramsciano, acaba de prestar mais um serviço de lacaio ao fazer coro com a direita mais raivosa que quer extiguir o Bolsa Família.
Em plena disputa presidencial, Serra já fez "autocrítica" e passou a inclui o Bolsa Família no rol dos “bons programas” da gestão Lula. Uma iniciativa que promete “manter e ampliar”.
Para Freire, contudo, trata-se de iniciativa de caráter “assistencialista e eleitoreiro”. Só vê utilidade para o programa em “situações emergenciais”. O Governo Lula é “conservador no social, com seu assistencialismo”. O Bolsa Família tem “caráter mais assistencialista e eleitoreiro. Anteriormente, com a contra-prestação social [exigida sob FHC?], o caráter era mais compensatório”. Nem Serra ousa desempenhar esse papel de viúva de FHC: perde votos!
Com figuras públicas desse tipo sempre resta aquela dúvida: trata-se de genuína ignorância ou é só mais um caso de má-fé patológica?
De qualquer forma, quando lideranças políticas outrora relevantes chegam a esse nível de decadência e vassalagem sempre há o recurso da "porta de saída"...

5 comentários:

Brand Arenari disse...

Além de concordar com td que vc disse, ainda acrescento um dado. A fala dele mostra a falta de projeto da oposicao, cada um fala uma coisa.

Roberto Torres disse...

Nao tenho vontade e paciencia para investir em qualquer discussao do "mérito" com esse tipo de pensamento "pseudo-gramsciano", como voce bem qualificou. Simplesmente porque nao vejo nenhum mérito. Para mim nao passa de uma visao política excludente informada por enorme incapacidade intelectual - no popular, "burrice". Claro, algumas vezes conseguem elaborar e sistematizar a própria cegueira. Ai concluem que o "lulo-petismo" representa uma "hegemonia às avessas", um "pragmatismo conservador". A grande presuncao é que existe algo como uma "verdadeira hegemonia" (de esquerda), cuja vanguarda seria os intelectuais do partido. Nesta "verdadeira hegemonia", a identificacao caristmática com um líder que inclui o "excluído" em sua visao de mundo, sob a efeito prátic de formular políticas voltada para questoes imediatas como a fome, é sempre vista como um "componente estranho".

A linguaguem desta hegemonia é desqualificada por essa vanguarda decadente, ressentida porque Lula lhes "roubou" o povo e a direcao do processo social no qual desejariam intervir. Deveriam entender que nao é Lula o responsável por serem descartados pela direcao em curso do processo de aprendizado político no Brasil; pelo fato de serem descartados pelo "novo" que tenta se impor. É a própria evolucao social que nao deixa uma semantica política excludente se impor no processo de inclusao política que é, de fato, a base prática de uma "nova hegemonia".

Renato Barreto disse...

Muito bom Roberto, muito bom!

Renato Barreto disse...

Muito bom roberto, muito bom!

Roberto Torres disse...

Obrigado Renato.

um abraco