Paul Krugman comparece para qualificar o debate econômico em: Os desempregados não podem pagar pela débil recuperação econômica. Confira a abaixo a introdução do artigo (na íntegra: http://noticias.uol.com.br/blogs-colunas/colunas-do-new-york-times/paul-krugman/2010/06/01/os-desempregados-nao-podem-pagar-pela-debil-recuperacao-economica.jhtm):
"Qual é a maior ameaça à nossa ainda frágil recuperação econômica? Os perigos são muitos, é claro. Mas o fato que eu atualmente acho mais sinistro é a disseminação de um conceito destrutivo: a ideia de que agora, menos de um ano após o início da débil recuperação econômica da pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, é o momento para que os governantes parem de ajudar os desempregados e comecem a infligir dor.
Quando a crise financeira teve início, a maioria dos governantes mundiais respondeu de forma apropriada, cortando as taxas de juros e permitindo que os déficits aumentassem. E, ao fazerem a coisa certa, ao aplicarem as lições aprendidas com a crise da década de trinta, eles conseguiram limitar o estrago: foi um estrago terrível, mas a crise não chegou a ser a segunda Grande Depressão.
Agora, entretanto, as exigências de que os governos substituam o apoio às suas economias pela aplicação de punições a elas têm se proliferado em artigos de opinião nos jornais, em discursos e em relatórios de organizações internacionais. De fato, a ideia de que aquilo do qual as economias deprimidas mais necessitam é ainda mais sofrimento dá a impressão de ser a nova sabedoria convencional, algo que John Kenneth Galbraith definiu, de forma famosa, como “as ideias que são apreciadas a qualquer momento devido à sua aceitabilidade”. (...)
Quando a crise financeira teve início, a maioria dos governantes mundiais respondeu de forma apropriada, cortando as taxas de juros e permitindo que os déficits aumentassem. E, ao fazerem a coisa certa, ao aplicarem as lições aprendidas com a crise da década de trinta, eles conseguiram limitar o estrago: foi um estrago terrível, mas a crise não chegou a ser a segunda Grande Depressão.
Agora, entretanto, as exigências de que os governos substituam o apoio às suas economias pela aplicação de punições a elas têm se proliferado em artigos de opinião nos jornais, em discursos e em relatórios de organizações internacionais. De fato, a ideia de que aquilo do qual as economias deprimidas mais necessitam é ainda mais sofrimento dá a impressão de ser a nova sabedoria convencional, algo que John Kenneth Galbraith definiu, de forma famosa, como “as ideias que são apreciadas a qualquer momento devido à sua aceitabilidade”. (...)
Um comentário:
Boa a série de artigos. O debate é interessante e me reesenti por ter entrado no plantão e perdido o fio.
Mas retornemos em breve, pois o tema é central para o novo governo, e por que não dizer, para o novo desenho geopolítico do mundo,
um abraço
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