É certo também que vovó não entendia nada de política e todos que sabem algo recomendam que se evite o isolamento. Ficar isolado em política seria o caminho para o definhamento de um mandato.
Será que a postura da vereadora Odisséia ao propor uma CPI sobre o uso dos recursos Royalties é um prenúncio de isolamento da sua atuação na Câmara?
Ontem, em sessão da Câmara dos Vereadores, a proposição do CPI foi rejeitada ontem por todos os demais vereadores presentes.
Mas podemos tentar mudar a perspectiva e perguntar:
- Será que a vereadora está sozinha mesmo?
- Estaria sozinha na preocupação em apurar como foram usados os bilhões de reais de recursos dos royalties durante os governos que passaram, pouquíssimo fizeram pelo desenvolvimento humano e ordenamento urbano da cidade e deixaram escandalosos rastros de favorecimentos suspeitos e de enriquecimentos ilícitos?
- Ela caminha só na preocupação de criar transparência para que a sociedade possa acompanhar e fiscalizar o uso de um recurso que é finito e que deveria ser utilizado para resolver parte dos problemas criados pela crescimento urbano acelerado e planejar o desenvolvimento para as gerações futuras que não contarão com este recurso?
- A vereadora está sozinha ao atuar propondo uma investigação que reforçaria a possibilidade de controle social dos gastos públicos?
Ontem, Odisséia ficou sozinha no plenário da Câmara...e na sociedade, entre os cidadãos, entre os eleitores, ela ficará sozinha?
7 comentários:
Boa notícia saber que a vereadora lançará mão das ações populares. Em minha modesta opinião trata-se de remédio muito mais efetivo que as CPIs, na medida em que se trata de ato que envolve provimento judicial e participação do ministério público. Ou seja, ao invés de vereadores, a apreciação ficará a cargo de juizes com ficalização de promotores de justiça.
Caríssimo Antonio,
Bom tê-lo por aqui.
Me permita discordar de você.
Não há remédio melhor para os males da política que o prórpio processo político.
Foi essa sinalização que Odisséia do PT deu, ao tentar, entre seus pares, abrir a possibilidade de discutir e encontrar soluções param a crise institucional que nos assola há muitos e muitos anos.
Os vereadores rejeitaram, sabe-se lá por quê, embora desconfiemos.
A via judicial, como sempre, funciona quando tudo mais já parou de funcionar, você bem sabe.
Embora, aparentemente, mais eficaz, e nesse alternativa necessária e exclusiva, haja vista que o processo político falhou, as ações judiciais também não estão à salvo dos "perigos" que rondam outros poderes.
E apresenta um problema ainda maior:
A Justiça e o MP, são corporações avessas a qualquer tipo de controle que extrapole os de seus pares.
Mas ainda assim, é, com a recusa dos vereadores em cumprir seus papéis, o que nos restou.
Um abraço.
Não sei se minha pergunta é pertinente, ou se até mesmo revela uma total ignorância. Mas como tem sido a relação do pessoal do PT, aqui em Campos, com a Professora Odete? Parece-me que há uma certa convergência de ideais, ou não? Caso a pergunta cause alguma saia justa, fiquem a vontade para a rejeição do comentário. abraços
Perfeito Douglas, concordo plenamente. Talvez em momento de revolta pela inação dos nossos vereadores, acabei fazendo a comparação entre a forma canhestra de atuação da Câmara com a suposta eficiência da ação popular. Mas vc tem razão, não se pode matar a boa regra por causa de maus políticos. abraços
Caro Antônio,
Aqui não há constrangimentos para se discutir política.
Odete é uma ex-integrante do PT, a qual temos muito apreço, embora nos reservemos o direito de discordar dela em alguns pontos.
Mas, como todo o PC do B, é uma aliada importante.
A construção de um campo de centro-esquerda nessa cidade, que amplie sua atuação a setores mais conservadores, porém comprometidos com as causas da boa governança deve passar pelo PC do B, e por Odete.
Um abraço.
Valeu Douglas. Perguntei pq vislumbro que, ao menos nesse contexto da rejeição espúria a CPI, a Odete possa ser uma voz aliada. abs
Isso, meu caro, depende mais dela do que de nós.
Um abraço.
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