quinta-feira, 6 de maio de 2010

O PT do Rio ainda é o "patinho feio".

Matérias das edições de ontem dos principais matutinos dão conta de que articulações regionais em diversos Estados causam embaraços à nossa pré-candidata Dilma Roussef no que se refere à formalização da aliança com partidos como o PP e até mesmo com o PMDB.
O caso de Minas é emblemático. Fernando Pimentel é um dos coordenadores de campanha e um dos quadros partidários mais diretamente ligado à Dilma. Mas, recém-eleito candidato ao governo em prévias estaduais, por mais que queira atender os interesses estratégicos do projeto nacional, não pode simplesmente virar as costas à sua base e aos cidadãos mineiros. E olha que Helio Costa não é um político maculado por uma gestão em curso eivada de equívocos em áreas fundamentais como educação e segurança pública.
Há ainda problemas em outros estados como Bahia, Pará e Ceará, onde os Diretórios regionais do PT articulam legítimos interesses políticos do partido, o que causa dificultades e retarda a decisão do PMDB, que estica a corda e insiste na tática da chantagem e da barganha, sem compromisso maior com o interesse do país.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro a candidatura própria foi prematura e truculentamente abortada por ação da direção nacional, que, pelo jeito continua considerando este Diretório regional como o "patinho feio", isto é, o primeiro na lista de sacrifícios e de enquadramentos necessários. Este fato, certamente guarda relação com a falta de musculatura política e de representatividade social da nossa seção regional.
Quero crer que, conforme disse em reunião do Diretório municipal de Campos o líder da bancada na ALERJ Deputado Rodrigo Neves, a participação do partido num eventual segundo mandato de Cabral seja menos subalterna e inexpressiva e possa dialogar com a sociedade. Não podemos, por exemplo, prescindir de uma colaboração mais efetiva e transformadora no que se refere ao lamentável quadro da Educação pública na gestão do governador. Da mesma forma, a leição de Lindberg para o Senado é fundamental para a consolidação de uma liderança capaz e encarnar o papel de alternativa real à estagnação que os sucessivos governos do partido aliado impuseram ao Estado.

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