sexta-feira, 23 de abril de 2010

207 milhões em ação






Segundo as projeções demográficas dos pesquisadores do IBGE, em 2030 atingiremos o ápice no número de brasileiros na face da Terra: 207 milhões. Desse número em diante entraremos num declínio progressivo na quantidade de habitantes e na aceleração na taxa do envelhecimento da população. Tomando como referência os dados revelados pelo IBGE e analisados por IPEA e OIT, podemos relacionar causa (a melhoria nas condições de vida da população e das técnicas de contracepção) e efeito (aumento na expectativa de vida e queda do número médio de filhos por mulher).


As conseqüências sócio-econômicas desse fenômeno estrutural são amplas e dramáticas, o que demanda estratégias adequadas e políticas públicas eficazes frente aos novos desafios. Especialmente em termos dos sistemas de previdência e saúde. O desafio chave pode ser traduzido com o nome científico de "razão de dependência", um indicador que compara o total de indivíduos potencialmente dependentes (mais jovens que 14 e mais velhos que 65 anos) e a população potencialmente ativa (de 15 até 64 anos).


Os estudiosos afirmam que o Brasil vai ter, nos próximos 20 anos, uma rara "janela de oportunidade" demográfica: um super crescimento da população economicamente ativa para produzir e contribuir com a previdência. Isto é, a razão de dependência tende a diminuir até 2030, mas a partir desse ponto, deverá crescer. Por isso teremos mais pessoas idosas e mais longevas, com maior sobrecarga para previdência social. Como sempre, as prioridades nas políticas públicas deve envolver a racionalidade (custo/benefício) num cenário de recursos escassos em compatibilidade com a controvertida e essencial noção de justiça.


Continua...

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