No 2º turno, quase sempre vence quem sai na frente
mas o segundo turno entre Dilma e Serra tem características únicas
Nada mais sem conteúdo do que a frase “segundo turno é outra eleição”. O fato é que o segundo turno é a mesma eleição.
Os exemplos históricos demonstram que na maioria das eleições para governador ou para prefeito em cidades grandes o vencedor do segundo turno é exatamente o candidato que terminou na frente a disputa no primeiro turno.
Sim, claro, viradas ocorrem. Mas são raras.
No caso de eleições para presidente da República nunca houve viradas. Houve cinco eleições diretas para o Palácio do Planalto pós-ditadura militar (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006), sendo que em três delas foi necessário o segundo turno. Quem ganhou foi quem já estava na frente no primeiro turno.
Fernando Collor, em 1989, teve 30,5% dos votos no primeiro turno contra Lula, que obteve 17,2%. No segundo turno, deu Collor como vitorioso com 53% contra Lula com 47%.
Lula também foi ao segundo turno, em 2002 e 2006. Nesse dois casos, passou adiante sempre na dianteira.
Em 2002, o petista teve 46,44% dos votos válidos. O segundo colocado era José Serra, do PSDB, que pontuou 23,2%. Ou seja, a diferença entre ambos era de 23,24 pontos percentuais. Nas simulações de segundo turno (na véspera do 1º turno), Lula já aparecia com 56% contra 35% de Serra (diferença de 21 pontos percentuais)
No segundo turno em 2002 Lula teve 61,3% dos votos contra 39,7% de Serra.
Em 2006, Lula terminou o segundo turno com 48,6% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) teve 41,6%. A diferença entre ambos era de apenas 7 pontos. Nas projeções de segundo turno, entretanto, Lula aparecia com 49% contra 44% de Alckmin –uma distância de meros 5 pontos.
A partir daí ocorreu algo curioso em 2006. Lula disparou e Alckmin encolheu. Ao final, o petista conquistou a eleição com 60,8% dos votos contra só 39,2% do tucano. Ou seja, uma diferença de 21,6 pontos percentuais.
E em 2010?
Dilma terminou (em números redondos) com 47% dos votos contra os 33% de Serra. Uma diferença de 14 pontos. Em tese, está mais confortável do que Lula em 2006. Numa simulação de segundo turno feita pelo Datafolha nos dias 1º e 2 de outubro (antes, portanto, do impacto do resultado de domingo), Dilma aparece com 52% contra 40% de Serra –uma vantagem de 12 pontos.
Em tese, Dilma entra na reta final da disputa numa situação teoricamente mais vantajosa que Lula em 2006. Com uma grande diferença, entretanto, que vem a ser a seguinte: Dilma não é Lula nem Serra é Alckmin.
A favor de Dilma há dois fatos: a) Lula é extremamente popular e 2) a economia no país produz nas pessoas o “feel good factor” que é tão vital em uma eleição. A favor de Serra há a experiência de ser um político já testado em vários cargos e ter mais traquejo em debates.
Outro detalhe: quando ocorre algum tipo de virada no segundo turno, o fenômeno é muito rápido. Em 2006, Lula e Alckmin saíram quase empatados do primeiro turno (que naquele ano caiu no dia 1º de outubro). Já nos dias 16 e 17 de outubro, numa pesquisa Datafolha, o petista liderava com 60% dos votos válidos contra apenas 40% do tucano.
Ou seja, nesta semana que começa haverá.
mas o segundo turno entre Dilma e Serra tem características únicas
Nada mais sem conteúdo do que a frase “segundo turno é outra eleição”. O fato é que o segundo turno é a mesma eleição.
Os exemplos históricos demonstram que na maioria das eleições para governador ou para prefeito em cidades grandes o vencedor do segundo turno é exatamente o candidato que terminou na frente a disputa no primeiro turno.
Sim, claro, viradas ocorrem. Mas são raras.
No caso de eleições para presidente da República nunca houve viradas. Houve cinco eleições diretas para o Palácio do Planalto pós-ditadura militar (1989, 1994, 1998, 2002 e 2006), sendo que em três delas foi necessário o segundo turno. Quem ganhou foi quem já estava na frente no primeiro turno.
Fernando Collor, em 1989, teve 30,5% dos votos no primeiro turno contra Lula, que obteve 17,2%. No segundo turno, deu Collor como vitorioso com 53% contra Lula com 47%.
Lula também foi ao segundo turno, em 2002 e 2006. Nesse dois casos, passou adiante sempre na dianteira.
Em 2002, o petista teve 46,44% dos votos válidos. O segundo colocado era José Serra, do PSDB, que pontuou 23,2%. Ou seja, a diferença entre ambos era de 23,24 pontos percentuais. Nas simulações de segundo turno (na véspera do 1º turno), Lula já aparecia com 56% contra 35% de Serra (diferença de 21 pontos percentuais)
No segundo turno em 2002 Lula teve 61,3% dos votos contra 39,7% de Serra.
Em 2006, Lula terminou o segundo turno com 48,6% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) teve 41,6%. A diferença entre ambos era de apenas 7 pontos. Nas projeções de segundo turno, entretanto, Lula aparecia com 49% contra 44% de Alckmin –uma distância de meros 5 pontos.
A partir daí ocorreu algo curioso em 2006. Lula disparou e Alckmin encolheu. Ao final, o petista conquistou a eleição com 60,8% dos votos contra só 39,2% do tucano. Ou seja, uma diferença de 21,6 pontos percentuais.
E em 2010?
Dilma terminou (em números redondos) com 47% dos votos contra os 33% de Serra. Uma diferença de 14 pontos. Em tese, está mais confortável do que Lula em 2006. Numa simulação de segundo turno feita pelo Datafolha nos dias 1º e 2 de outubro (antes, portanto, do impacto do resultado de domingo), Dilma aparece com 52% contra 40% de Serra –uma vantagem de 12 pontos.
Em tese, Dilma entra na reta final da disputa numa situação teoricamente mais vantajosa que Lula em 2006. Com uma grande diferença, entretanto, que vem a ser a seguinte: Dilma não é Lula nem Serra é Alckmin.
A favor de Dilma há dois fatos: a) Lula é extremamente popular e 2) a economia no país produz nas pessoas o “feel good factor” que é tão vital em uma eleição. A favor de Serra há a experiência de ser um político já testado em vários cargos e ter mais traquejo em debates.
Outro detalhe: quando ocorre algum tipo de virada no segundo turno, o fenômeno é muito rápido. Em 2006, Lula e Alckmin saíram quase empatados do primeiro turno (que naquele ano caiu no dia 1º de outubro). Já nos dias 16 e 17 de outubro, numa pesquisa Datafolha, o petista liderava com 60% dos votos válidos contra apenas 40% do tucano.
Ou seja, nesta semana que começa haverá.
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