terça-feira, 3 de agosto de 2010

Núcleo da Cultura


O "artista da fome" Franz Kafka reflete sobre os enigmas da existência:


"A tarefa que nos cabe é a de realizar o negativo: o positivo já nos foi concedido"


"Antigamente, não podia entender por que minhas perguntas ficavam sem resposta; hoje, não posso entender como é que pensei ter a capacidade de perguntar. Na verdade, eu realmente não pensava: eu apenas perguntava."


"Um homem tem liberdade de escolha, e ela é de fato tríplice: em 1º lugar, era livre quando planejou sua vida (embora não possa negar que muitas vezes já não seja mais o mesmo homem que a escolheu, apesar de estar realizando, pelo simples ato de viver, o que um dia concebeu); em 2º, quando determinou o caminho que pretendeu seguir e a forma pela qual iria percorrê-lo; em 3º, quando admitiu que, como a entidade que um dia novamente voltará a ser, tem o desejo de realizar sua vida não importando o que lhe aconteça e assim acaba por entrar de moto próprio num labirinto tão complexo que nenhum centímetro de sua existência se verá intocado.
Eis aqui a tríplice liberdade de escolha, mas devemos compreendê-la simultaneamente como um todo, uma unidade tão compacta e indissolúvel que em verdade não deixa espaço para qualquer vontade, seja livre ou não."

Um comentário:

douglas da mata disse...

Leia-se:

Não há em verdade, nenhuma escolha livre, senão deixar de ser a si mesmo.

Mas isso é Niztche, Schopenhuauer ou um pouco de tudo misturado?

Ah, essa minha mania de ler orelhas de livros!

Um abraço.