Os dois lados da moeda da política em Campos estão se re-fundindo em apenas um. A confirmação da desistência da candidatura natimorta de um ex-alcaide, e a quase morta de outra, também ex-alcaide, aliadas à pajelança de vereadores, em torno do misto de presidente/prefeito, mostra que uma nova governança poderá surgir sem concorrência, como alternativa à família que pretende re-instalar a capitania hereditária no município.
Por coincidência ou consequência, modelos de oligarquias familiares se dão tanto na política, quanto nas empresas de mídia local que se articulam em tempos e circunstâncias similares, aliás, como bem já identificou e puniu a Justiça.
Este é o cenário de um quadro que precisa e será revertido. O tempo da mudança poderá, com atalhos, ser abreviado, mas, no curso normal necessitará de maturação e disposição para se aprofundar na sociedade, especialmente, nos setores mais populares e explorados. Os atalhos poderão significar mais riscos que oportunidades.
Bom, que iniciemos e insistemos na necessidade de mundança em prol de uma nova governança para o município. Campos merece um destino diferente!
PS.: Para compreensão no plano local é interessante analisar o que Emir Sader escreveu aqui sobre a mídia e o poder da internet no plano nacional.
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2 comentários:
O que mais me preocupa na política regional é a PROFISSIONALIZAÇÃO DOS POLÍTICOS. A cada dia que passa mais e mais políticos dependem exclusivamente da obtenção de mandatos, para si ou seus familiares, pois caso contrário não vão conseguir manter a qualidade de vida que hoje levam com muito dinheiro e luxo.
A reeleição deveria acabar especialmente para cargo de prefeitos e vereadores deveriam ter direito a no máximo 02 mandatos consecutivos.
Como você bem disse é preciso IMPEDIR as instalação de capitanias hereditárias. Aqui em São Fidélis o ex-prefeito já vislumbra a possibilidade de lançar a mulher candidata a prefeita, tal qual seu líder maior.
Essa realidade é triste demais, saber que as permanências negativas da nossa história política teimam em deixar nossas vidas. Cada dia que convivo aqui em Campos, principalmente em período de eleição me dá a impressão de estar assistindo a um filme de época que se passa no século XIX, em que pessoas são forçadas a permanecer na pobreza em prol das necessidades de uma elite conservadora, que se articula em torno do poder e que se utiliza de todos os meios para manter sua liderança.
Como professor de história, tenho que alimentar minha esperança por mudanças, que sejam lentas, porém que tragam não só diferentes personagens, mas também substâncias novas a um povo tão sofrido.
Leandro Tavares.
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