quinta-feira, 22 de julho de 2010

A pergunta que não quer calar



Até onde vai essa Frente Democrática?

Hoje estive presente a terceira reunião de um movimento que está sendo chamado de Frente Democrática de Campos. Idealizado por iniciativa de blogueiros da região, ele conta agora com a participação de representantes de partidos como PT, PC do B, PPS. PV e um dissidente do PSDB.
O porque desse movimento?
Campos teve novamente mais um afastamento no executivo. Agora foi Rosinha, que tenta voltar a função de Prefeita, através de um recurso. Pelo que eu ouvi na reunião de hoje, são 7 prefeitos em 6 anos, se não estou errado. A lista é grande: Arnaldo Vianna, Pudim, Campista, Mocaider, Roberto Henriques, Rosinha e agora Nelson Nahim. Entre prefeitos eleitos e interinos.
Tudo bem, é um movimento válido, que não representa a formação oficial de uma coligação para um próximo pleito, mas que visa discutir um novo modelo de governar essa cidade.
A pergunta que eu me faço é: qual o melhor caminho para se começar a mudar a forma de fazer política em Campos?
Uma forte coligação de partidos que polarizem com o Garotinho, Arnaldo, Mocaiber?
A coligação de partidos que caminham juntos historicamente?
Em comum todos os partidos falam de governar com a sociedade, de transparência, de diálogo, como se governar dessa forma fosse um privilégio dado por eles, e não uma obrigação. Todos falam da necessidade de buscar alternativas aos repasses dos royalties, mas sejamos sincero: todos preferem administrar com os repasses vultosos. É mais fácil.
Agora eu pergunto:
Será que uma candidatura, que defenda essa nova forma de governar, vai ser vitoriosa? Ela vai conseguir mostrar a população que o modelo de fazer política da cidade precisa mudar?
A máquina montada na Prefeitura é muito forte, e foi criada justamente para isso. Derruba-lá é uma tarefa complicada, é quase uma revolução e como se sai vitorioso de uma revolução?
Com o povo do lado, mesmo quando os revolucionários usam armas. Você precisa conquistar o que é chamado de massas. Todas revoluções fizeram isso.
Não estou aqui defendendo nenhuma campanha revolucionária, onde tenhamos que pegar em armas para mudar Campos. Nem dizendo que se não for dessa forma, essa Frente não irá sair vitoriosa, ou parte dela, já que ela não se confugura como uma coligação. O que eu quero dizer é que sem o povo dessa cidade do lado, não iremos mudar a política dessa cidade.
A estrutura política de Campos foi montada para perdurar por muito tempo com a miséria, com a pobreza, com a máquina política imperando, para garantir a manutenção de grupos políticos. A população de Campos precisa ser convencida que esse modelo criado em 1988 acabou, não consegue mais responder as nossa sociedade, e isso tem que ser feito o quanto antes, porque depois irá se fazer uma verdadeira batalha campal par se destruir um possível governo que venha pára alterar a estrutura política da cidade. Sabemos que são nossos adversários, não fazemos o vale tudo para chegar ao poder, mas eles talvez sim. E aí o que iremos fazer? Ganhar a eleição e achar que resolveu? Ganhar a eleição é só o primeiro passo. Um novo governo terá que ganhar todo dia e a vitória, repito, tem que ser na antes da urna, não há outro caminho.
É preciso que se comece a vitória amanhã. nas ruas, nas pessoas, para que se realmente mude a política dessa cidade, a não ser que a Frente seja só para chegar na frente.
Postado no Blog Estante do Marcel
http://estantedomarcel.blogspot.com/-- Marcel Cardoso

4 comentários:

douglas da mata disse...
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douglas da mata disse...
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Gustavo Carvalho disse...

Os comentários anteriores foram excluídos por duas razões: 1ª foram postados acidentalmente; 2ª por total falta de respeito e espírito democrático do comentarista excluído. Um tipo de comportamento pateticamente previsível e totalmente incompatível com o espírito de uma frente democrática. Nós aqui do Núcleo temos ojeriza a esse tipo de atitude, não praticamos isso aqui e muito menos em outros blogs. O filósofo Thomas Hobbes afirmava que o fundamento da tolerância é a indiferença. Só me resta reconhecer a verdade irretocável do enunciado de Hobbes ...

Anônimo disse...

Não sou nenhum cientista político ou militante de nenhum partido mas concordo que chegou a hora! Só precisamos saber o que queremos como queremos e quando. Eu quero TUDOAOMESMOTEMPOAGORA. Lembro-me da canção do Som Imaginário dos anos 70 que dizia que no Nepal tudo é barato. Quem tem doa e quem não tem recebe. Se pediu... Está precisando! Peço pleno emprego, pleno ensino, saúde plena, felicidade aos borbotões, cultura pra dar e derramar, arte aos baldes, esportes da cabeça aos pés. Tudo ao mesmo tempo em todos os cantos agora. Vamos invadir a roça, a cidade, a praia, as escolas, repartições, praças, ruas, calçadas. O céu, os jornais, rádios, televisões, internet, sindicatos, clubes de serviço... As canções... Enfim... É possível! Nós queremos! Nós podemos!