sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cidadania pra quem cara pálida?

Pelo jeito, em Campos, só pros proprietários de automóveis! Em seu segundo verão o "projeto cidadão" de Rosinha funciona mal para os usuários da linha que conduz os veranistas ao Farol.
No fim da tarde de ontem vivi a péssima experiência de retornar à praia campista no ônibus superlotado da viação Progresso. Mais cedo, com o coletivo recebendo lotação normal, ja havia me surpreendido com a diversidade de tarifas. Enquanto os usuários do "cartão cidadão" pagam a popular tarifa de R$ 1,00, os trabalhadores que utilizam o vale-transporte através do Rio card pagam R$ 6,65, e os demais usuários pagam uma tarifa "promocional" de R$ 3,00.
Cidadania deveria ser universal. Assim, sempre considerei um contrasenso a tarifa "cidadã" ser limitada aos que se submetem a serem inseridos num cadastro da Prefeitura. Se é um "projeto cidadão" e não há restrição de renda ou qualquer outra discriminação para que os munícipes possam usufruir da política dita social de transporte público, não há razão para que a tarifa "cidadã" não seja universal! Sempre especulo para que serve o tal cadastro do cartão cidadão. Não me inscrevi nem pretendo me inscrever no tal cadastro, prefiro pagar a tarifa cheia mesmo achando um absurdo ser por isso discriminado enquanto cidadão.
Contudo, apesar de tudo isso, nada justifica o desrespeito aos usuários moradores e veranistas observado nos horários de rush na linha do Farol. Transporte coletivo é concessão pública e direito de todos. Não é favor nem benesse, independente de quanto se paga pela passagem! Mesmo os beneficiários pela gratuidade são respaldados por um direito. Lamentável observar idosos viajarem mais de uma hora e meia em pé num coletivo superlotado. A linha em questão não atende somente os que se destinam ao Farol no verão, mas também a usuários que residem na baixada campista. Houvesse alguma visão e espírito público na direção da EMUT, nos meses de janeiro e fevereiro haveria ônibus "direto" para o Farol no mesmos horários dos coletivos "paradores" diariamente, ao menos nos primeiros horários da manhã e após as 17:00!
Não sei se a Prefeita Rosinha reassumiu de fato a gestão ou se está ocupando a antiga "casa do Prefeito" na nossa praia. Talvez ele tenha retornado pra curtir o verão carioca. Seria bom se S. Excia. pudesse ao menos fazer uma viagem de ônibus ao balneário da cidade num entardecer desses para sentir na pele o péssimo resultado de seu programa para, talvez, orientar pessoalmente sua reorientação. Por que parece que se depender da eficiência da equipe da EMUT... Os cidadãos campistas vão continuar contando com um péssimo transporte coletivo.
A propósito, se a Prefeita me permite uma sugestão, a imprensa especula mudanças no secretariado em pastas como Obras e Educação. Penso que o interesse público indicaria a EMUT como prioridade!

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